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- Saiba como tratar e controlar os sintomas da sarna demodecica em cães e gatos
Postado Por : Dom Ruiz
quinta-feira, 16 de abril de 2015
DOENÇA INCURÁVEL
(Foto: Junko Kimura/Getty Images)
Quando se fala em sarna, logo vem à cabeça a imagem de um animal errante, com poucos pelos, pele avermelhada e se coçando muito. Mas, apesar desse ser o tipo mais conhecido da doença, devido a sua ampla incidência no passado, a sarna sarcóptica, causada pelo ácaro Sarcoptes scabei, não é o único problema de pele em cães e gatos com este nome feio. Outro tipo de sarna vem aumentando as estatísticas nos consultórios de dermatologia veterinária, com causa e comportamento bem diferentes.
Enquanto a sarna sarcoptica é altamente contagiosa, passando facilmente de um animal para outro e para as pessoas, a sarna demodecica, causada por uma falha imunológica, é hereditária. Ou seja, é transmitida do pai e/ou da mãe para os filhotes. O Demodex habita normalmente a pele de cães e gatos, mas por esse desequilíbrio passa a se proliferar e causa a doença. A manifestação e a gravidade dos sintomas está intimamente relacionada com a imunidade do animal, podendo ocorrer de forma branda com lesões localizadas e até formas generalizadas que compromete praticamente todo corpo do animal.
As infecções bacterianas secundárias são frequentes e agravam muito os sintomas, provocando coceira e mau cheiro. Exames simples, como o raspado de pele e hemograma, são fundamentais para uma triagem inicial. Biopsias e outros exames específicos podem ser necessários. O diagnóstico precoce e a instituição do tratamento correto reduzem o desconforto causado.
Outra diferença em relação a sarna sarcóptica é a de que a demodécica não tem cura. Um cão ou gato acometido pela doença terá que conviver com ela por toda a vida. Mas com o correto acompanhamento é possível controlar os sintomas e até eliminá-los. Mas é importante notificar os tutores do pai e da mãe do animal com diagnóstico de sarna demodecica pois ambos, mesmo assintomáticos, devem ser avaliados e não devem mais procriar. A recomendação é que animais com diagnóstico da doença ou que tenha descendentes com a doença sejam castrados. A intenção é evitar a transmissão da doença para os descendentes e, no caso dos animais doentes, evitar recaídas ou agravamento dos sintomas, principalmente para as fêmeas na época do cio.
Algumas raças têm maior predisposição à doença, como o Pug, Afgan, Collie, Beagle, Boston terrier, Daschshund, Doberman, Pointer, Pastor Alemão, Dalmata, Sharpei, Chowchow, Chihuaua, Boxer e Bulldog. Elas merecem atenção especial.
Fonte: Época