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Postado Por : Dom Ruiz terça-feira, 17 de março de 2015

SOLIDARIEDADE

Foto: Divulgação
Não importa qual o dia da semana, se está chovendo ou fazendo sol. Não importa a raça, nem a cor. Eles não discriminam. Uns são reservados, outros comem até o pé da geladeira. De uma forma ou de outra, os animais alegram a vida de seus tutores.
Andressa Reis e Sergio Carolino, de Nova Iguaçu, se consideram pais de quatro filhos: Henry, Latika, Vaca e Júnior. Desde pequena, Andressa pegava os SRDs da rua e levava para sua casa.
“Eu não consigo vê-los abandonados. Nasci com esse instinto de proteção. Desde pequena trago cachorros para casa”, conta ela.
Contagiado pelo amor da mulher, Sergio perdeu o medo de cães e até lhe deu Henry de presente:
“A Andressa era muito apegada à Branca. Quando ela morreu, foi devastador. Decidi comprar um e assumir a responsabilidade, que não é pequena, mas vale a pena”.
Casal dá ração para cães de abandonados
Antes de conhecer Andressa, um animal na rua passava despercebido por Sergio. Hoje, ele só consegue pensar em como ajudar. Além de alimentar os seus, o casal dá ração para os que vivem na rua.
“O preconceito com o SRD me incomodava muito. As pessoas só sabem dizer “Olha lá revirando o lixo”, mas não questionam o motivo de o animal estar fazendo isso. É fome, é falta de cuidado”, ressalta Andressa.
Jovem larga carreira para cuidar de animais
A jovem Raquel Carvalho largou a área de química para se dedicar à fotografia e aos animais. O primeiro animal resgatado por ela foi o gato Bradinho, que estava correndo dos carros no Centro de Nova Iguaçu.
“Salvo muitos animais por semana. Minha família quase enlouquece. Para despistar, digo que será um lar temporário. Com o Facebook, consigo muitas pessoas para adotá-los”,  conta ela, que tem seis gatos e dois cachorros dentro de casa, em Nova Iguaçu.
Foto: Divulgação
Para Raquel, um dos casos mais complexos foi o do cão Vitório, que não tinha parte do rosto.
“Foi muito intenso. Eu e meu noivo o pegamos, levamos correndo para a veterinária. Ele ficou internado por duas semanas, e já consegui um tutor para ele. É gratificante dar um lar para esses animais”, conta Raquel, que tem um kit com os principais remédios para fazer os primeiros atendimentos em casa.
Uma paixão de pai para filha
O primeiro cachorro da auxiliar de enfermagem Lucimar de Souza, de Meriti, foi a Biju. O pai dela era motorista de ônibus e pegou o cão na rua. Desde então, ela resgata cães.
“Todos os meus cachorros são misturados. Sou mãezona mesmo, incluo as despesas deles nas contas mensais, me estresso, brigo e dou muito carinho. Eles retribuem com muito amor”,  diz ela.
Dos animais resgatados, Beethoven estava perdido na Avenida Brasil; Cristal, abandonada no sacolão, cheia de sarnas; e Fred era o filhote de um alcoolatra que passava fome:
“Faço o resgate com a ajuda de veterinárias e da minha amiga Ivete. Juntas, cuidamos da cadela Barbuda, que adora picolé”.
Família se equilibra para sustentar cães
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
A família Castro, de Caxias, tem oito cachorros. Segundo Fabiana, o marido Gilson é caminhoneiro e resgata alguns cães pelo caminho.
“Sempre que pudemos, resgatamos. Temos a situação financeira apertada, mas nos equilibramos e damos um jeito de ajudar. Compramos 15 quilos de ração por semana. Se tivéssemos condição, teríamos mais de cem cães num terreno maior”.

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