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- No século XX, humanos assassinaram 3 milhões de baleias, aponta estudo
Postado Por : Dom Ruiz
quarta-feira, 18 de março de 2015
EXTERMÍNIO
No último século, humanos mataram mais de 80 baleias em média para cada dia de cada um dos cem anos.
O século XX testemunhou a matança de quase 3 milhões de baleias, o que o torna a maior campanha de morte de qualquer tipo de animal em qualquer época da história, em termos de biomassa, aponta um novo estudo. As informações são do The Dodo.
A pesquisa usou dados históricos para estimar que entre 1900 e 1999, 2,9 milhões de baleias foram mortas pela indústria de caça: mais de 2 milhões no hemisfério sul e a maior parte do resto no Pacífico Norte e no Atlântico Norte.
Marcando a primeira vez que pesquisadores estimaram o número total de baleias mortas desde que começou a caça moderna, industrial e de larga escala de baleias, por volta de 1900, a estimativa foi classificada como “assombrosa”, disse à revista Nature o chefe da equipe, Robert Rocha.
Pescadores munidos de arpões e grandes navios industriais retiraram agressivamente os animais colossais dos oceanos no século XX, levando algumas espécies quase à extinção. Baleias eram valorizadas principalmente por seu óleo, banha e, mais tarde, por sua carne. Os Estados Unidos foram um dos principais culpados entre os envolvidos na indústria e em um dado momento dominou o mercado de baleias: em 1846, 735 dos 900 barcos para caça de baleias do mundo eram americanos.
Uma moratória global foi imposta à caça de baleias em 1986, permitindo que muitas populações do cetáceo se recompusessem. Algumas ainda estão devastadas, como os autores do estudo indicam: a população de baleias azuis do oceano austral é estimada em menos de 1% do que era antes da caça industrial.
A população de baleias francas da região oriental do Pacífico Norte foi quase totalmente dizimada. Dados são difíceis de encontrar para esses espécies, mas em 2010 o serviço nacional americano de pesca marinha estimou que a população atual era de 30 animais, contra 11 mil antes da caça.
A pesca do cetáceo se tornou marginal depois da moratória e poucos países (Japão, Islândia e Noruega) ainda a praticam de alguma forma, em geral usando subterfúgios e enfrentado severas críticas da comunidade internacional.