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Postado Por : Dom Ruiz quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

GUARDA RESPONSÁVEL

Há quem goste mais de cães e há quem prefira os gatos. Mas para quem gosta dos dois surge, muitas vezes, a questão: qual o melhor para ter em casa? Se tem uma casa pequena e sem jardim, o melhor é optar por um gato. Se dispõe de muito espaço, pode adotar um cão. Contudo, há muitos outros fatores a ter em conta, nomeadamente a disponibilidade de tempo, financeira e até a personalidade do animal. Lembre-se, em primeiro lugar, de que adotar é assumir um compromisso para a vida.  “Para fazer uma adoção responsável é necessário ter condições psicológicas, físicas e financeiras”, destaca Ana Fernandes, presidente da União Zoófila. Um animal precisa de “amor, atenção da família, estímulos (brincar, correr), alimentação e cuidados de saúde regulares.” Garantidas estas condições, a responsável pela associação que ajuda cães e gatos abandonados diz que quem gosta de ambos e precisa de escolher deve ter em conta as dimensões da casa.  Uma habitação mais pequena e sem jardim será mais indicada para gatos. “Tendo estímulos e luz natural, adaptam-se mais facilmente”, indica Ana Fernandes. Se o tutor tiver disponibilidade para o passear, um cão de pequeno porte pode adaptar-se a um apartamento. “Mas dependerá sempre da personalidade do animal.” Quanto aos cães de médio e grande porte, “como têm de correr mais, precisam de um espaço maior”.  Pouco tempo? Opte pelo gato Quanto à disponibilidade, Maria do Céu Sampaio, presidente da Liga Portuguesa dos Direitos do Animal (LPDA), diz que “se a pessoa não dispõe de muito tempo o ideal é adotar um gato, porque são animais que depois de se habituarem ao seu espaço ficam bem sozinhos, não precisam de ser passeados, são muito asseados e, ao contrário do que muita gente pensa, são animais muito apegados aos tutores e não são barulhentos”. Desde que tenham o caixote limpo, comida e água fresca, refere, ficam bem em casa ao fim de semana, o que não acontece com os cães. É certo que um gato não precisa da mesma atenção de que um cão necessita. Mas “não se pode pensar que os gatos não precisam de que os tutores lhes façam companhia”.  A entrada de um cão ou de um gato numa família deve ser muito bem pensada, lembra a presidente da LPDA. É preciso “tempo para levar o animal à rua, pelo menos duas vezes ao dia, levá-lo a passear para exercitar os movimentos, treiná-lo para um bom relacionamento com outros animais. Isto para os cães”.  Só quando é aceite por todos deve ser admitido como membro da família. O ideal, destaca Ana Fernandes, é, antes da adoção, “tentar perceber o comportamento do animal e como se dão. Há uns mais inquietos e que precisam de mais atenção e há outros mais calmos”. A presidente da União Zoófila destaca que “o animal pode não ser o certo para a família” ou vice-versa. E é importante que sejam feitas contas às despesas. “Os animais têm de ter uma alimentação saudável todos os dias e ir, pelo menos, uma vez por ano ao veterinário.” Um cão saudável de médio ou grande porte implica uma despesa mensal de 60 a 100 euros.  Há poucas adoções No que diz respeito ao abandono de animais, Maria do Céu Sampaio considera que, atualmente, “a consciencialização das pessoas é muito maior. Mas, devido à difícil situação económica que se tem verificado, desde 2013 que começou a crescer não o abandono, mas a procura de locais onde as pessoas possam entregar os animais por não os poderem manter.” Há várias razões para o fazerem: “Perda de habitação, de emprego, divórcios, idosos que são transferidos para lares, entre outras.” Segundo a presidente da liga, não existem estatísticas de quantos animais aguardam adoção, “mas são milhares. Os canis camarários e das associações superlotados.”  *Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.  Fonte: Diário de Notícias.
Foto: Global Imagens
Há quem goste mais de cães e há quem prefira os gatos. Mas para quem gosta dos dois surge, muitas vezes, a questão: qual o melhor para ter em casa? Se tem uma casa pequena e sem jardim, o melhor é optar por um gato. Se dispõe de muito espaço, pode adotar um cão. Contudo, há muitos outros fatores a ter em conta, nomeadamente a disponibilidade de tempo, financeira e até a personalidade do animal. Lembre-se, em primeiro lugar, de que adotar é assumir um compromisso para a vida.
“Para fazer uma adoção responsável é necessário ter condições psicológicas, físicas e financeiras”, destaca Ana Fernandes, presidente da União Zoófila. Um animal precisa de “amor, atenção da família, estímulos (brincar, correr), alimentação e cuidados de saúde regulares.” Garantidas estas condições, a responsável pela associação que ajuda cães e gatos abandonados diz que quem gosta de ambos e precisa de escolher deve ter em conta as dimensões da casa.
Uma habitação mais pequena e sem jardim será mais indicada para gatos. “Tendo estímulos e luz natural, adaptam-se mais facilmente”, indica Ana Fernandes. Se o tutor tiver disponibilidade para o passear, um cão de pequeno porte pode adaptar-se a um apartamento. “Mas dependerá sempre da personalidade do animal.” Quanto aos cães de médio e grande porte, “como têm de correr mais, precisam de um espaço maior”.
Pouco tempo? Opte pelo gato
Quanto à disponibilidade, Maria do Céu Sampaio, presidente da Liga Portuguesa dos Direitos do Animal (LPDA), diz que “se a pessoa não dispõe de muito tempo o ideal é adotar um gato, porque são animais que depois de se habituarem ao seu espaço ficam bem sozinhos, não precisam de ser passeados, são muito asseados e, ao contrário do que muita gente pensa, são animais muito apegados aos tutores e não são barulhentos”. Desde que tenham o caixote limpo, comida e água fresca, refere, ficam bem em casa ao fim de semana, o que não acontece com os cães. É certo que um gato não precisa da mesma atenção de que um cão necessita. Mas “não se pode pensar que os gatos não precisam de que os tutores lhes façam companhia”.
A entrada de um cão ou de um gato numa família deve ser muito bem pensada, lembra a presidente da LPDA. É preciso “tempo para levar o animal à rua, pelo menos duas vezes ao dia, levá-lo a passear para exercitar os movimentos, treiná-lo para um bom relacionamento com outros animais. Isto para os cães”.
Só quando é aceite por todos deve ser admitido como membro da família. O ideal, destaca Ana Fernandes, é, antes da adoção, “tentar perceber o comportamento do animal e como se dão. Há uns mais inquietos e que precisam de mais atenção e há outros mais calmos”. A presidente da União Zoófila destaca que “o animal pode não ser o certo para a família” ou vice-versa. E é importante que sejam feitas contas às despesas. “Os animais têm de ter uma alimentação saudável todos os dias e ir, pelo menos, uma vez por ano ao veterinário.” Um cão saudável de médio ou grande porte implica uma despesa mensal de 60 a 100 euros.
Há poucas adoções
No que diz respeito ao abandono de animais, Maria do Céu Sampaio considera que, atualmente, “a consciencialização das pessoas é muito maior. Mas, devido à difícil situação económica que se tem verificado, desde 2013 que começou a crescer não o abandono, mas a procura de locais onde as pessoas possam entregar os animais por não os poderem manter.” Há várias razões para o fazerem: “Perda de habitação, de emprego, divórcios, idosos que são transferidos para lares, entre outras.” Segundo a presidente da liga, não existem estatísticas de quantos animais aguardam adoção, “mas são milhares. Os canis camarários e das associações superlotados.”
*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.

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