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Postado Por : Dom Ruiz quinta-feira, 23 de abril de 2015

SOLIDARIEDADE

Quem escolhe dividir a vida com um animal dificilmente pode imaginar que o restante de sua família humana não vá cuidar dele se a sua hora ‘de partir’ desse mundo chegar.
Infelizmente para os animais, isso acontece muitas e muitas vezes, e de um modo tão traumático, que alguns animais demoram muito tempo, para ter um motivo para voltarem a se alegrar.
Criados desde filhotes, com muitos mimos, carinhos e brinquedos e esperando por seus tutores na porta, com pulos de alegria, de repente esses animais – sem conseguir entender o como e o porquê – ficam sem os pais e sem as mães humanas.
presente-cao_thumb[1]
Passam a ficar horas à espera de um humano que nunca mais vai chegar, e depois sem que percebam não estão mais no lugar onde foram criados, e onde ainda havia o cheiro de sua família. São despejados – largados nas ruas, ou em estradas desertas.
Foram nessas circunstâncias que o cãozinho “Mad” foi abandonado aos 2 anos de idade. Após o falecimento de seu pai humano, ‘a família dele’, simplesmente o colocou na rua, juntamente com seus irmãos. Mas nem o frio, nem a chuva, e nem o barulho dos carros, faria com que eles saíssem da frente da casa – que um dia foi deles.
Mas Mad e seus irmãos estavam predestinados a ganhar um presente. Ao contrário da grande maioria dos animais que, abandonados, acabam por se reproduzir, e depois acabam sendo atropelados ou maltratados, os cães no ano de 2009 foram presenteados com um abrigo onde estariam a salvo da fome, e das intempéries dos humanos.
Eles foram morar no Abrigo Piccolina, em Avaré (SP). Desnutridos e cobertos de sarna, foram tratados, recuperados e fotografados para serem colocados para adoção.
Foi então que Mad se destacou dos irmãos, quando demonstrou morrer de medo da câmera fotográfica, sem saber que com uma boa foto, ele teria mais chances de encontrar uma família.
No Abrigo Piccolina, ele conheceu muitos outros cães, dos recém-chegados aos que partiam quando eram adotados, e os cãezinhos especiais e os tímidos como ele, que acabavam sempre à espera de um lar.
Mesmo com o passar dos anos, Mad continuou a ter medo de ser fotografado – até que recebeu uma carta muito especial: Mad havia sido apadrinhado.
Sem os padrinhos e as madrinhas, as entidades e associações que abrigam, alimentam e tratam de animais carentes, não tem como se manter. A legislação brasileira não dá nenhum subsídio ou ajuda financeira às ONGs de animais como o Abrigo Piccolina.
O padrinho de Mad enviou uma carta na qual escreveu:
“Para o Nosso Querido Mad,
Ainda não nos conhecemos, mas em breve iremos lhe conhecer.
Esses são alguns presentinhos para você, e em breve mandaremos mais.
Queremos te ver muito feliz com os presentes e principalmente espero que sinta todo o carinho e amor que temos por você.
Com MUITO AMOR do seu padrinho Fabricio e família.”
Depois que a carta foi lida para o Mad, e os presentes lhe foram entregues, a câmera fotográfica foi posicionada para registrar aquele momento mágico em que Mad pode do seu jeito agradecer ao seu padrinho.
carta-cao[6]

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