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- Campanha angaria fundos para evitar a extinção do papagaio-de-cara-roxa
Postado Por : Dom Ruiz
sexta-feira, 10 de abril de 2015
FINANCIAMENTO COLETIVO
A Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) promove um censo anual para saber se a população de papagaios-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) está se reproduzindo e conseguindo se manter longe das ameaças de extinção. Com o objetivo de arrecadar o valor necessário para a realização do 13º Censo anual do Paraná e do 3º de São Paulo, que acontece nos dias 29, 30 e 31 de maio deste ano, a SPVS promove a campanha de financiamento coletivo “Censo 2015 – Papagaio-de-cara-roxa”. O objetivo é arrecadar pouco mais de 13 mil reais até o dia 22 de maio. Para cada valor doado, o projeto vai oferecer uma recompensa, como canecas personalizadas, livros sobre a história do papagaio, fotos tiradas pelo fotógrafo de natureza Zig Koch e até dar a oportunidade de que os colaboradores acompanhem o censo, com custos de viagem inclusos. Os interessados podem colaborar no projeto de financiamento coletivo.
Resultados
A conclusão do projeto, ao analisar os resultados de 12 anos de censo, é de que a população de papagaios no Paraná não está crescendo, e sim se mantendo, o que mostra o resultado positivo do trabalho de conservação das áreas em que o animal vive. Em 2014, foram registrados 5.959 indivíduos – a população total atual de papagaios-de-cara-roxa é de cerca de 6.700 indivíduos – em seis dormitórios do Paraná: Guaratuba, Ilha Rasa da Cotinga, Ilha Rasa, Ariri, Ilha do Pinheiro e Ilha do Mel. As duas últimas apresentaram as maiores concentrações da espécie. As análises dos resultados do censo no Paraná estão disponíveis no artigo da revista de Ornithologia.
Felipe Francischini quer proibir criação de animais para extração de pele
O deputado Felipe Francischini (SD) apresentou projeto de lei na Assembleia Legislativa que proíbe a criação ou manutenção de animais – domésticos, domesticados, nativos, exóticos ou silvestres – para extração de peles no Paraná. O deputado justifica a proposta destacando que os animais criados com essa finalidade são frequentemente mantidos em condições deploráveis de confinamento, dentro de minúsculas gaiolas, sendo submetidos a práticas cruéis e bárbaras, como envenenamento, asfixia, afogamento e esfolamento. Ele também cita estimativas segundo as quais seriam necessárias aproximadamente 100 chinchilas ou 30 coelhos para produzir uma única peça de vestuário, que poderia ser facilmente produzida com material sintético. O projeto de lei nº 217/2015 segue agora para análise das comissões técnicas do Legislativo.
Fonte: Bem Paraná