Canal dos Bichos

Defensores animais estão lutando para evitar que o Serviço Florestal envenene milhares de cães-da-pradaria de cauda negra, que vivem na Pastagem Nacional Thunder Basin, no Wyoming. As informações são do Care2.

O plano de controle do cão da pradaria foi posto em prática há anos, designando um espaço de 85 mil acres onde estes animais seriam protegidos de envenenamentos e armas e fogo, mas reclamações de pecuaristas levou o Serviço Florestal a modificar suas regras e construir um plano que permitira a morte de cães-da-pradaria que estejam há um quarto de milha de uma terra privada ou estatal.

A estratégia foi feita primeiramente para proteger as espécies do local e manter um espaço livre para que vivam em paz, mas o novo plano retiraria 22 mil acres reservados aos animais e mataria cerca de 16 mil cães-da-pradaria, segundo comunicado das organizações que se opõe à proposta de modificação, incluindo a Aliança de Conservação da Biodiversidade, Defensores da Vida Selvagem e os Guardiões da Terra Selvagem.

Infelizmente, cães-da-pradaria estão com populações em redução devido à perda de habitat, doenças e porque são considerados pestes que precisam ser mortas. Segundo a Aliança de Conservação da Biodiversidade, somente dois porcento da população de algumas décadas ainda existem na terra.

Colônias chamadas de “cidades” destes animais são considerados peças-chave para a saúde e manutenção dos ecosistemas favoráveis aos cães-da-pradaria. Seu desaparecimento afetará diversas outras espécies que contam com eles como fonte de comida e desenvolvedores de habitat (como as espécies que tomam vantagem de suas tocas, após serem abandonadas). Segundo a Coalizão dos Cães-da-Pradaria, acredita-se que mais de 140 espécies serão afetadas caso os cães da pradaria não possam desempenham seus papéis na América do Norte.

Defensores estão se opondo à proposta, não somente pela importância ambiental e ecológica dos cães-da-pradaria, mas também pela insensatez da ação de um órgão governamental. O uso de veneno é um método cruel de lidar com a vida selvagem e que resulta em mortes horríveis. Além disso, também é um problema para as outras espécies que fazem parte da cadeia alimentar dos animais envenenados.

Segundo a matéria do Care2, ainda há a possibilidade de, matando os cães-da-pradaria, também diminuir as populações de furões de pé preto, que estavam praticamente em extinção antes de serem realocados e protegidos em locais com ambiente propício para a reprodução.

As organizações que lutam contra esta proposta, estão pedindo a USFS que adote uma maneira não letal de controlar a expansão da população de cães-da-pradaria, como realocando as “cidades” para locais mais espaçosos e distantes de terras privadas.