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- Polícia deve concluir nesta semana inquérito sobre cão enterrado no RS
Postado Por : Dom Ruiz
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
MAUS-TRATOS
Reprodução
A Polícia Civil pretende concluir nesta semana o inquérito aberto a partir do vídeo que mostra o resgate de um cão que foi enterrado vivo na beira da praia de Cidreira, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Segundo o delegado Antônio Ractz Júnior, responsável pelo caso, já há indícios suficientes para apontar a culpa do suspeito que foi identificado. A polícia tenta localizar o homem que, segundo informações preliminares, teria fugido para Santa Catarina.
“Uma vizinha presenciou, e ele mesmo teria confessado o fato em um vídeo gravado por um vereador de Porto Alegre. Temos evidências. Ele alegou que o cão tinha uma doença incurável e iria morrer, e que essa doença tinha um potencial de transmissão e poderia passar para os outros cães que ele tem. Ele deveria ter levado o animal em uma clínica, mas alega que não tinha dinheiro para isso”, disse o delegado.
A vizinha citada pelo delegado é a autora do vídeo em que o cão aparece sendo desenterrado, e do boletim de ocorrência que originou a investigação. Segundo ela, as imagens foram gravadas na tarde desta terça-feira (11). No mesmo dia, o animal foi encaminhado a uma clínica veterinária em Tramandaí, cidade vizinha, onde morreu durante a noite. Ractz Júnior disse ainda que, além da suposta confissão, um laudo do estabelecimento onde o cachorro foi atendido comprova a presença de areia nos pulmões.
“Essa é a materialidade. O cachorro fatalmente iria morrer, mas teve esse processo acelerado”, disse o delegado.
De acordo com o veterinário que atendeu o cão, Jony Hüller, o animal tinha cinomose e doença do carrapato, além de estar infestado com muitas pulgas e carrapatos. Ele afirmou que o animal teve duas paradas cardíacas, e não resistiu à segunda. “Ele estava bastante anêmico, debilitado e fraquinho, e teve crises convulsivas, o que é consequência da cinomose”, conta.
O veterinário descarta que a morte tenha sido causada pela aspiração de areia. “A morte teria sido mais rápida. Ele deu entrada em torno das 16h e o óbito foi entre as 20h e 21h”, afirmou.
Fonte: G1