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Postado Por : Dom Ruiz segunda-feira, 3 de agosto de 2015

DESPEJO

José resgatou dezenas de cães durante cheia em Alvorada  José resgatou dezenas de cães durante cheia em Alvorada (Foto: Nelson Fernandes/Arquivo Pessoal) José resgatou dezenas de cães durante cheia em Alvorada (Foto: Nelson Fernandes/Arquivo Pessoal)  Abrigados no terreno de uma associação de moradores de Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, os cerca de 70 cães resgatados da enchente de julho pelo morador José Damião dos Santos, de 47 anos, terão que deixar o local. Os animais estão na área há pouco mais de uma semana.  José perdeu quase tudo na enchente que atingiu a cidade no último mês. A água invadiu a casa dele, no bairro Americana, atingindo também o terreno baldio ao lado da residência, onde há anos ele cuidava de cachorros abandonados na cidade. Os animais foram recolhidos por ele e colocados dentro de um ônibus, a salvo das cheias.  A atitude de José foi parar nas redes sociais, em uma página no Facebook (clique aqui para acessar) e motivou uma corrente de solidariedade em Alvorada. A repercussão do caso gerou doações, principalmente de sacos de ração.  No entanto, José foi comunicado pelo presidente da Associação de Moradores do bairro Formosa, Rogério Sampaio Bandeira, responsável pela área onde os cães foram abrigados, que terá de retirá-los dali. “Temos que usar a área para nossas atividades. Tínhamos um sopão, os convites estavam vendidos, mas tivemos que cancelar. E os moradores vizinhos estão reclamando também”, explica Bandeira.  “Nesses momentos a gente tem que ser solidário. Mas não imaginei que fossem tantos cães. E que fosse ser em um tempo prolongado”, diz ele, que representa os moradores do bairro Formosa.  Com o tempo seco, a água na casa de José está baixando, mas aos poucos. É hora de limpar o terreno e arrumar o que sobrou da enchente. Porém, falta estrutura para que ele possa cuidar de tantos animais. São cerca de 70 cachorros – dos mais de 100 que ele resgatou. Muitos já foram adotados, mas outros tantos ainda precisam de atenção e cuidados.  “Ele vai ter que pegar o ônibus e voltar para casa. Mas é pequeno, não há espaço no pátio para todos” diz o voluntário Nelson Fernandes, que ajudou as vítimas da enchente em Alvorada e ficou comovido com a história de José.  Conforme Nelson, algumas pessoas aproveitaram a situação e deixaram mais animais para serem cuidados por José.  “Muitos abandonam mais animais, alguns doentes”, lamenta. Ele pede ajuda no poder público. “A campanha na internet foi muito legal, muito grande, mas nada foi resolvido. A gente esperava que a prefeitura ajudasse com alguma estrutura”, comenta.  O resgate  A enchente em Alvorada inundou casas e desabrigou milhares de pessoas. José, que tinha 15 cachorros, mora com a família no bairro Americana, um dos mais atingidos pela cheia. A residência dele ficou completamente alagada.  Quando a água subiu, o morador decidiu levar os animais para dentro do seu ônibus antigo, parado perto de casa.  Desalojada, a família ficou na casa de uma filha, em Viamão, município vizinho. Já José passou a noite dentro do ônibus, junto com os cachorros.  Os cães são atendidos por voluntários. Mais informações podem ser obtidas na página do Facebook da campanha (clique para acessar).  Fonte: G1
José resgatou dezenas de cães durante cheia em
Alvorada (Foto: Nelson Fernandes/Arquivo Pessoal)
Abrigados no terreno de uma associação de moradores de Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, os cerca de 70 cães resgatados da enchente de julho pelo morador José Damião dos Santos, de 47 anos, terão que deixar o local. Os animais estão na área há pouco mais de uma semana.
José perdeu quase tudo na enchente que atingiu a cidade no último mês. A água invadiu a casa dele, no bairro Americana, atingindo também o terreno baldio ao lado da residência, onde há anos ele cuidava de cachorros abandonados na cidade. Os animais foram recolhidos por ele e colocados dentro de um ônibus, a salvo das cheias.
A atitude de José foi parar nas redes sociais, em uma página no Facebook (clique aqui para acessar) e motivou uma corrente de solidariedade em Alvorada. A repercussão do caso gerou doações, principalmente de sacos de ração.
No entanto, José foi comunicado pelo presidente da Associação de Moradores do bairro Formosa, Rogério Sampaio Bandeira, responsável pela área onde os cães foram abrigados, que terá de retirá-los dali. “Temos que usar a área para nossas atividades. Tínhamos um sopão, os convites estavam vendidos, mas tivemos que cancelar. E os moradores vizinhos estão reclamando também”, explica Bandeira.
“Nesses momentos a gente tem que ser solidário. Mas não imaginei que fossem tantos cães. E que fosse ser em um tempo prolongado”, diz ele, que representa os moradores do bairro Formosa.
Com o tempo seco, a água na casa de José está baixando, mas aos poucos. É hora de limpar o terreno e arrumar o que sobrou da enchente. Porém, falta estrutura para que ele possa cuidar de tantos animais. São cerca de 70 cachorros – dos mais de 100 que ele resgatou. Muitos já foram adotados, mas outros tantos ainda precisam de atenção e cuidados.
“Ele vai ter que pegar o ônibus e voltar para casa. Mas é pequeno, não há espaço no pátio para todos” diz o voluntário Nelson Fernandes, que ajudou as vítimas da enchente em Alvorada e ficou comovido com a história de José.
Conforme Nelson, algumas pessoas aproveitaram a situação e deixaram mais animais para serem cuidados por José.
“Muitos abandonam mais animais, alguns doentes”, lamenta. Ele pede ajuda no poder público. “A campanha na internet foi muito legal, muito grande, mas nada foi resolvido. A gente esperava que a prefeitura ajudasse com alguma estrutura”, comenta.
O resgate
A enchente em Alvorada inundou casas e desabrigou milhares de pessoas. José, que tinha 15 cachorros, mora com a família no bairro Americana, um dos mais atingidos pela cheia. A residência dele ficou completamente alagada.
Quando a água subiu, o morador decidiu levar os animais para dentro do seu ônibus antigo, parado perto de casa.
Desalojada, a família ficou na casa de uma filha, em Viamão, município vizinho. Já José passou a noite dentro do ônibus, junto com os cachorros.
Os cães são atendidos por voluntários. Mais informações podem ser obtidas na página do Facebook da campanha (clique para acessar).
Fonte: G1 

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