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- Animais são reintegrados à vida selvagem em Miguel Calmon (BA)
Postado Por : Dom Ruiz
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
SOLTURA
Vinte jabutis e três guaxinins foram reintegrados à vida selvagem pela equipe do Centro de Conservação e Manejo da Fauna da Caatinga (Cemafauna) no Parque Estadual das Sete Passagens, em Miguel Calmon (BA), na última semana. Vítimas do tráfico de animais, os animais haviam sido resgatados por policiais federais e militares ambientais no sertão do Nordeste e tratados no centro, que pertence à Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). As instalações do Cemafauna foram construídas com recursos do Projeto de Integração do Rio São Francisco, gerenciado pelo Ministério da Integração Nacional.
Desde 2008, aproximadamente 35 mil animais foram resgatados e, desse total, 28 mil (80%) retornaram à vida selvagem, calcula o coordenador do centro, Luiz Cezar Pereira. Os animais foram tratados, alimentados e preparados para a reintrodução à natureza. A estrutura que habilita as espécies para a soltura é composta por instalações com viveiros, jaulas, salas, laboratórios e clínicas veterinárias.
Nesse período, o Cemafauna abrigou mamíferos, anfíbios, répteis e aves resgatados ao longo das obras do Projeto São Francisco. Também é para lá que são encaminhados os bichos vítimas de acidentes rodoviários ou resgatados do tráfico de animais – crime recorrente no sertão brasileiro.
O Cemafauna serve de base para as pesquisas da Univasf e é referência como Centro de Triagem de Animais Silvestres em um raio de 500 quilômetros. Os animais se recuperam com a supervisão de veterinários e zootécnicos. A estrutura oferece instalações como o corredor de vento, onde as aves podem desenvolver musculatura, para recuperar as condições para voar.
O Parque Estadual das Sete Passagens possui 2.821 hectares de Caatinga e de remanescente de Mata Atlântica. O gestor da unidade, José Manuel Pereira, destaca a vantagem de ter um parceiro como o Cemafauna. “Temos a garantia de que esses animais não trarão doença ou risco de contaminação para a fauna do parque”, afirma.
Fonte: Jornal da Mídia