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- Novas leis prometem um futuro melhor a pit bulls resgatados de rinhas nos Estados Unidos
Postado Por : Dom Ruiz
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
LUTA PELA VIDA
Todos os cães merecem uma chance de lutar pela vida
Dois novos projetos de lei americanos – um no estado do Michigan e outro em Delaware – ajudarão a proteger os pit bulls que são explorados em rinhas. Esses dois estados determinam que os cães resgatados de tais locais devem ser mortos. No entanto, sob os novos projetos, esses cães que sofreram abusos deverão ser examinados e receberão a oportunidade de uma nova vida através da adoção.
Os cães não devem ser punidos se os seus tutores desumanos os treinam para serem agressivos. A morte induzida usada para cães de briga não dá chance para que esses animais maltratados e incompreendidos encontrem um lar feliz. Michigan e Delaware estão examinando projetos que darão aos pit bulls, que sofreram abuso, uma chance de lutar. As informações são do site Global Animal.
A lei 990 do Senado de Michigan apresentada semana passada, salvará as vidas de cães resgatados de rinhas. Essa lei será uma ementa à atual, tornando explícito que um cão resgatado pode ser colocado para adoção, se for considerado “apto e não apresentar ameaça à segurança pública”.
Uma lei similar no estado de Delaware vai mais longe. A lei SB 245 foi aprovada pelo Senado em 19 de junho. A legislação atual em Delaware (bastante assustadora) determina que os animais apreendidos sejam “eliminados de maneira humanitária”. Mas sob a nova lei, os cães resgatados nas operações devem ser primeiramente avaliados, e então, se adequados, poderão ser colocados para adoção.
“A lei SB 990 de Michigan e SB 245 de Delaware são extremamente importantes porque dão às vítimas de crueldade a chance de encontrarem um lar feliz”, afirmou ao jornal HuffPost o advogado legislativo sênior da Best Friends Animal Society (Sociedade Melhores Amigos Animais), Ledy VanKavage. “Desde o caso dos cães de Vick (Michael) aprendemos que cada cão deve ser avaliado como um indivíduo e merece lutar por uma oportunidade de ser amado”.
Se a lei de Michigan for aprovada, os cães resgatados terão a chance de serem adotados
De fato, anteriormente à apreensão dos 51 pit bulls do infame Bad Newz Kennels de Vick, em 2007, os animais resgatados das brigas eram rotineiramente assassinados. Conforme noticiou o New York Times naquela época, a PETA e muitos outros grupos argumentaram que os cães de Vick também deveriam ser mortos.
A fundadora da PETA, Ingrid Newkirk, em 2008, disse que a “reabilitação para esses tipos de cães não é um bom uso de dinheiro, nem o melhor uso de tempo. Os cães de Vick são os candidatos menos prováveis a terem sucesso”. A Melhores Amigos argumentou de outra forma e venceu a batalha, recolhendo do “Vicktory” – como ficaram conhecidos – 22 cães física e emocionalmente traumatizados.
A segunda parte mais notável dessa história é que muitos desses animais são agora cães de famílias, o que abriu caminho para que outros pit bulls que sofreram abusos fossem analisados individualmente, em vez de, inerentemente, serem considerados animais perigosos e sem salvação e que não podem ter vidas normais.
É importante avaliar os animais antes de colocá-los para adoção
A minoria dos estados proíbe que cães resgatados em operações contra rinhas sejam examinados de maneira individual, conforme afirma a Melhores Amigos.
Atualmente há apenas 13 estados que ainda possuem leis arcaicas que proíbem a adoção de filhotes e de cães adultos oriundos de rinhas, e Michigan é, infelizmente, um deles. O estado da Florida revogou a lei em 2011. Na verdade, aprovou uma resolução exigindo a evolução e a boa vontade para com as vítimas de crueldade, incluindo os cães criados para luta. Ou, conforme VanKavage coloca: “Punir os cães pelos crimes cometidos pela crueldade de seus tutores é inconcebível”.