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- Empresas de cosméticos são obrigadas a testar em animais na China
Postado Por : Dom Ruiz
sábado, 31 de agosto de 2013
O investimento da L’Oreal no mercado de beleza da China, de 32 bilhões de dólares, tem um custo escondido – se você é um coelho ou um rato.
A fabricante de shampoos e batons, com sede em Paris, concordou em pagar neste mês 843 milhões de dólares ao fabricante chinês de máscara facial Magic Holdings International, acelerando a expansão dentro da segunda maior economia do mundo, de onde derivou 6% das vendas no ano passado.
Enquanto a L’Oreal é barrada dentro da Europa pelas regras de testes em animais da União Européia, o governo da China exige tais testes para cada novo produto de beleza.
A China é o único grande mercado no qual as empresas são obrigadas a testar suas máscaras e cremes em animais. Coelhos são mortos ou tem ingredientes pingados em seus olhos durante os testes, diz o grupo de direitos animais de Londres, Cruelty Free International.
As políticas da China criam um problema para empresas como L’Oreal e Procter & Gamble que querem vender no país sem alienar consumidores em mercados que exigem tratamento humanitário aos animais.
A Índia baniu os testes em animais para cosméticos no mês passado. A União Européia, que tem há muito tempo barrado esses testes dentro de suas fronteiras, estreitou as regulações neste ano para também proibir produtos testados em animais de outros lugares.
Iria contra as leis europeias vender qualquer produto que foi testado em animais na China, então as empresas precisariam reformular suas mercadorias para os dois mercados.
Ratos brancos confinados e torturados em laboratório
Na China, empresas são obrigadas a submeter amostras dos seus produtos para serem utilizados em laboratórios locais, de acordo com a Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA ). A organização estima que pelo menos 72 animais sejam usados para cada produto.
Mintel, pesquisador de mercado, diz que pelo menos 4249 produtos de beleza foram introduzidos na China durante o ano passado. Isso seria traduzido em mais de 300 mil animais usados em testes, de acordo com os cálculos baseados em estimativas da Bloomberg.
A L’Oreal diz que menos de 1% do total de testes de segurança em ingredientes de cosméticos envolveram animais. Procter & Gamble, a maior vendedora de produtos de beleza na China, disse que não testa em animais a não ser que seja exigido por lei.
Em junho, Xu Jingquan, secretário geral da All-China Federation of Industry and Commerce, Beautyculture and Cosmetics Chamber disse: “Nosso P&D (pesquisa e desenvolvimento) não é tão sofisticado, e o consumidor aqui não pensa tanto sobre ideais como testes em animais. Eles se importam com o preço, a marca e o produto”.
Fonte: Anda