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- Caçadores passaram a matar também rinocerontes filhotes para vender seus pequeninos chifres
Postado Por : Dom Ruiz
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
ESPÉCIE AMEAÇADA
Foto: Wikimedia
Com o declínio constante da população de rinocerontes adultos no continente africano, caçadores aderiram agora à matança de filhotes desses animais, para extrair seus pequenos chifres ainda em desenvolvimento, segundo informações do site The Dodo.
No mercado negro, chifres de rinoceronte são vendidos como um tradicional “remédio”, cujo valor pode chegar a 100 mil dólares por quilo, montante que corresponde a mais do que o dobro do preço do ouro. O especialista e defensor de animais Bryce Clemente conta que, como resultado desse elevado valor de mercado, até mesmo os menores rinocerontes são alvos lucrativos para caçadores.
Clemence já presenciou em primeira mão uma dessas caçadas e testemunhou a devastação e o sofrimento dos animais envolvidos. Na ocasião, uma mãe rinoceronte chamada Diana teve seus dois filhotes assassinados por caçadores. Um dos bebês tinha apenas nove meses de idade, o outro, três anos.
“[Os caçadores] atiraram no filhote dela. Diana fugiu com a outra cria, mas eles a encontraram e abriram fogo contra ambos os animais e mataram o pequeno. Seu chifre devia pesar por volta de 40 gramas, não havia quase nada [para extrair].”
Lastimavelmente, a mãe rinoceronte morreu sete meses depois, devido a uma infecção relacionada aos seus ferimentos. A rinoceronte Diana recebeu tratamento, mas não resistiu às lesões.
Estima-se que restam somente cerca de 750 rinocerontes negros no Zimbábue. Ao longo dos últimos anos, a caça a esses animais foi ligeiramente amenizada, graças aos projetos e esforços de conservação. Ainda assim, a população da espécie continua extremamente reduzida em comparação aos números históricos.
Em outros países africanos, as caças são cada vez mais comuns, infelizmente. Na África do Sul, país que possui a maior população de rinocerontes do continente, 1215 desses animais foram assassinados em 2014, num aumento de 21% em relação ao ano anterior.