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Postado Por : Dom Ruiz quinta-feira, 2 de abril de 2015

SALVANDO VIDAS

É difícil alimentar um animal e cuidar dos seus machucados sem se apegar, mas é isso que Jennifer Tremblay tem que fazer todos os dias em seu refúgio para animais silvestres, o SOS Miss Dolittle. As informações são do La Presse.  O abrigo fica em uma casa na cidade de Saint-Henri-de-Lévis, na província francófona do Québec, Canadá. Fundado há cerca de um ano, o espaço abriga principalmente esquilos, guaxinins, aves e marmotas e têm entre as as premissas a inusitada ideia de não dar muito conforto aos hóspedes.  É que eles precisarão em breve voltar à natureza, onde terão que se virar sozinhos novamente. A casa, que estava abandonada e foi restaurada, não é particularmente quente em meio ao nevado inverno do Canadá, para não desacostumar os animais. Os humanos devem fazer pouco barulho e não podem brincar com os animais. Independência é importante.  O centro reabilita animais silvestres de várias espécies com o objetivo de permiti-los voltar à natureza. Trinta voluntários são responsáveis por alimentar, medicar, tratar machucados e limpar as jaulas e espaços dos animais. Eles são liderados por Jennifer Tremblay, também conhecida como “senhora Dolittle”.  Jennifer, apoiada por seu marido, decidiu abandonar sua carreira como orientadora profissional – sua “gaiola dourada”, como a chama – para se dedicar inteiramente aos animais. Primeiro, ela começou com um site de classificados para facilitar que animais de companhia encontrassem novas famílias; depois, veio o refúgio.  “Era um sonho meu desde criança, salvar os animais”, justifica. Sua organização é formada apenas por voluntários e sobrevive através de doações. Cada animal tem o nome de seu “salvador”. É o caso de Bruce, um morcego resgatado por um transeunte nos pés de um hotel da cidade de Québec.  Desde a abertura do refúgio em 1 de abril de 2014, Jennifer e seus ajudantes já cuidaram de mais de 130 animais, apesar de estarem esperando apenas trinta. “Percebemos que estamos realmente respondendo a uma demanda”, afirma. Desde o fechamento do Jardim Zoológico do Québec em 2006, não há nenhuma outra estrutura de cuidado para animais silvestres na região metropolitana da cidade.  Jennifer, que também é técnica em manejo da fauna, acredita que é importante anilhar as aves e microchipar os mamíferos que são devolvidos à natureza. “Queremos guardar registros do que fizemos”. Até agora, nenhum foi devolvido ao SOS Miss Dolittle, sinal de que eles provavelmente conseguiram “refazer suas vidas na natureza”.  Um dos casos mais famosos foi o do guaxinim Nymous, levado ao refúgio por oficiais de proteção da fauna. Até ser apreendido, em março deste ano, Nymous vivia como animal de companhia de um casal numa cidade da região. Depois de sair na imprensa, a história da separação do guaxinim e sua família humana causou comoção.  Uma semana depois da apreensão, o animal voltou ao lar original, já que o casal conseguiu uma permissão do ministério de florestas, faunas e parques.  Jennifer alerta que guardar um animal silvestre em casa é ilegal no Canadá e que há “milhões de bons motivos pelos quais as pessoas não devem achar um animal na natureza e decidir que ele vai virar seu animal doméstico”.
Jennifer Tremblay e a raposa Maxime. (Foto: Divulgação).

É difícil alimentar um animal e cuidar dos seus machucados sem se apegar, mas é isso que Jennifer Tremblay tem que fazer todos os dias em seu refúgio para animais silvestres, o SOS Miss Dolittle. As informações são do La Presse.
O abrigo fica em uma casa na cidade de Saint-Henri-de-Lévis, na província francófona do Québec, Canadá. Fundado há cerca de um ano, o espaço abriga principalmente esquilos, guaxinins, aves e marmotas e têm entre as as premissas a inusitada ideia de não dar muito conforto aos hóspedes.
É que eles precisarão em breve voltar à natureza, onde terão que se virar sozinhos novamente. A casa, que estava abandonada e foi restaurada, não é particularmente quente em meio ao nevado inverno do Canadá, para não desacostumar os animais. Os humanos devem fazer pouco barulho e não podem brincar com os animais. Independência é importante.
O centro reabilita animais silvestres de várias espécies com o objetivo de permiti-los voltar à natureza. Trinta voluntários são responsáveis por alimentar, medicar, tratar machucados e limpar as jaulas e espaços dos animais. Eles são liderados por Jennifer Tremblay, também conhecida como “senhora Dolittle”.
Jennifer, apoiada por seu marido, decidiu abandonar sua carreira como orientadora profissional – sua “gaiola dourada”, como a chama – para se dedicar inteiramente aos animais. Primeiro, ela começou com um site de classificados para facilitar que animais de companhia encontrassem novas famílias; depois, veio o refúgio.
“Era um sonho meu desde criança, salvar os animais”, justifica. Sua organização é formada apenas por voluntários e sobrevive através de doações. Cada animal tem o nome de seu “salvador”. É o caso de Bruce, um morcego resgatado por um transeunte nos pés de um hotel da cidade de Québec.
Desde a abertura do refúgio em 1 de abril de 2014, Jennifer e seus ajudantes já cuidaram de mais de 130 animais, apesar de estarem esperando apenas trinta. “Percebemos que estamos realmente respondendo a uma demanda”, afirma. Desde o fechamento do Jardim Zoológico do Québec em 2006, não há nenhuma outra estrutura de cuidado para animais silvestres na região metropolitana da cidade.
Jennifer, que também é técnica em manejo da fauna, acredita que é importante anilhar as aves e microchipar os mamíferos que são devolvidos à natureza. “Queremos guardar registros do que fizemos”. Até agora, nenhum foi devolvido ao SOS Miss Dolittle, sinal de que eles provavelmente conseguiram “refazer suas vidas na natureza”.
Um dos casos mais famosos foi o do guaxinim Nymous, levado ao refúgio por oficiais de proteção da fauna. Até ser apreendido, em março deste ano, Nymous vivia como animal de companhia de um casal numa cidade da região. Depois de sair na imprensa, a história da separação do guaxinim e sua família humana causou comoção.
Uma semana depois da apreensão, o animal voltou ao lar original, já que o casal conseguiu uma permissão do ministério de florestas, faunas e parques.
Jennifer alerta que guardar um animal silvestre em casa é ilegal no Canadá e que há “milhões de bons motivos pelos quais as pessoas não devem achar um animal na natureza e decidir que ele vai virar seu animal doméstico”.

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