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Postado Por : Dom Ruiz quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

ITAPETININGA (SP)

Dificuldades não são empecílio para Dona Bene cuidar dos animais (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1) A aposentada Benedita do Rosário Barros revela que não consegue nem ir ao médico para cuidar de 102 animais (63 cães e 39 gatos) que vivem com ela em Itapetininga (SP). Mais conhecida como Dona Bene, a ativista faz um trabalho independente há 12 anos de resgate e cuidado dos animais abandonados. “Com tanta demanda, minha vida é em função disso. Não posso sair de casa”, conta. Ela gasta todo salário para tomar conta dos animais.  Em entrevista ao G1, ela listou os três principais problemas do trabalho voluntário: resgate, dinheiro e espaço. Sobre o primeiro, a aposentada conta que os animais “brotam” em sua casa, sem precisar ir atrás deles nas ruas da cidade.  “Sempre que há um animal sozinho me procuram. Simplesmente abandonam no portão da minha casa. Eu não posso pegar mais nenhum animal, já não dou conta de tanto animal. Recuso quando me perguntam, mas quando abandonam perto de casa fico com dó, pois não posso devolver nenhum à rua”, revela Dona Bene.  A aposentada gasta todo o salário com a alimentação, higiene e saúde dos animais. Como os gastos são muitos e a verba nem tanto, a aposentada precisa contar com doações para superar as adversidades. “Amigos me ajudam o tanto que podem, mas é claro que quanto mais, melhor. Porém, o que mais sinto falta é de alguém que divida a responsabilidade e o trabalho. Já são 12 anos adotando”, relembra a aposentada.  Início das ações  Em 2003, Dona Bene decidiu cuidar de animais abandonados na rua e o número foi aumentando cada vez mais. Há cinco anos, vivia em uma casa próxima ao Centro com mais de 40 cães, mas uma lei municipal não permite que haja mais de dez animais em uma mesma residência na área urbana.  A situação evidencia o terceiro problema listado pela ativista: “Tive que me mudar para uma chácara mesmo com o aluguel mais caro. Fiz isso pelos animais, e não me arrependo. Fico apreensiva apenas quando penso na possibilidade do dono vender ou quiser a chácara de volta. Se isso acontecer, não sei como fazer para me mudar”, afirma.  A ativista foi tema de reportagem do G1 em abril de 2014. Na ocasião, ela possuía ‘apenas’ 83 animais. Dona Bene recebe doações e os animais cuidados por ela podem ser adotados, porém ela adverte: “doação não é brincadeira. O tutor deve estar ciente que o animal pode viver até 15 anos e dá trabalho.”  Fonte: G1
Dificuldades não são empecílio para Dona Bene cuidar dos animais (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)
A aposentada Benedita do Rosário Barros revela que não consegue nem ir ao médico para cuidar de 102 animais (63 cães e 39 gatos) que vivem com ela em Itapetininga (SP). Mais conhecida como Dona Bene, a ativista faz um trabalho independente há 12 anos de resgate e cuidado dos animais abandonados. “Com tanta demanda, minha vida é em função disso. Não posso sair de casa”, conta. Ela gasta todo salário para tomar conta dos animais.
Em entrevista ao G1, ela listou os três principais problemas do trabalho voluntário: resgate, dinheiro e espaço. Sobre o primeiro, a aposentada conta que os animais “brotam” em sua casa, sem precisar ir atrás deles nas ruas da cidade.
“Sempre que há um animal sozinho me procuram. Simplesmente abandonam no portão da minha casa. Eu não posso pegar mais nenhum animal, já não dou conta de tanto animal. Recuso quando me perguntam, mas quando abandonam perto de casa fico com dó, pois não posso devolver nenhum à rua”, revela Dona Bene.
A aposentada gasta todo o salário com a alimentação, higiene e saúde dos animais. Como os gastos são muitos e a verba nem tanto, a aposentada precisa contar com doações para superar as adversidades. “Amigos me ajudam o tanto que podem, mas é claro que quanto mais, melhor. Porém, o que mais sinto falta é de alguém que divida a responsabilidade e o trabalho. Já são 12 anos adotando”, relembra a aposentada.
Início das ações
Em 2003, Dona Bene decidiu cuidar de animais abandonados na rua e o número foi aumentando cada vez mais. Há cinco anos, vivia em uma casa próxima ao Centro com mais de 40 cães, mas uma lei municipal não permite que haja mais de dez animais em uma mesma residência na área urbana.
A situação evidencia o terceiro problema listado pela ativista: “Tive que me mudar para uma chácara mesmo com o aluguel mais caro. Fiz isso pelos animais, e não me arrependo. Fico apreensiva apenas quando penso na possibilidade do dono vender ou quiser a chácara de volta. Se isso acontecer, não sei como fazer para me mudar”, afirma.
A ativista foi tema de reportagem do G1 em abril de 2014. Na ocasião, ela possuía ‘apenas’ 83 animais. Dona Bene recebe doações e os animais cuidados por ela podem ser adotados, porém ela adverte: “doação não é brincadeira. O tutor deve estar ciente que o animal pode viver até 15 anos e dá trabalho.”
Fonte: G1

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