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Postado Por : Dom Ruiz segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Uma mulher registrou boletim de ocorrência na última sexta-feira (2), em Florianópolis (SC ), depois ser espancada e ter o carro danificado após ameaçar denunciar à polícia um grupo de pelo menos 30 homens, que participariam de uma farra do boi – evento que é proibido por lei, por maltratar animais.

Segundo o BO, Fernanda Assunção dirigia pela rodovia João Gualberto Soares, a principal do bairro Rio Vermelho, quando viu um boi magro e sangrando correr na sua direção. Os homens, segundo o registro, vinham atrás, armados de paus e pedras. Fernanda então desceu no carro e teria tentado proteger o boi quando um homem a derrubou no chão, de acordo com o BO. A mulher ferida foi pedir socorro na farmácia. Ela teve ferimentos nas mãos, braços e pernas, mas passa bem.   Fernanda, que deixou Curitiba para morar em Florianópolis há quatro meses, não conhecia a farra do boi, segundo informações do boletim de ocorrência registrado no 8º DP. A polícia ainda não instaurou inquérito. Ninguém foi preso. O boi foi levado para um frigorífico, onde será morto. Segundo a PM (Polícia Militar), no ano passado, um adolescente de 15 anos teria sido morto por farristas e outras cinco pessoas foram agredidas.   Tradição e maus-tratos   Trazida pelos açorianos que povoaram o litoral catarinense a partir do século 17, a farra do boi virou tradição nas praias de Santa Catarina, principalmente, durante a Quaresma.Na cultura dos nativos, o boi é alegoria de Judas.   O animal é solto nas ruas, perseguido e torturado até a morte. Pela crueldade cometida contra o boi, a farra virou crime ambiental, em 1997, conforme decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).Apesar da ilegalidade, a polícia não consegue evitar os eventos.   Quando presos, os farristas podem pagar até R$ 3.000 de multa. Não há casos de penas mais duras em Florianópolis, apesar da legislação prever até três anos de prisão.
Segundo o BO, Fernanda Assunção dirigia pela rodovia João Gualberto Soares, a principal do bairro Rio Vermelho, quando viu um boi magro e sangrando correr na sua direção. Os homens, segundo o registro, vinham atrás, armados de paus e pedras. Fernanda então desceu no carro e teria tentado proteger o boi quando um homem a derrubou no chão, de acordo com o BO. A mulher ferida foi pedir socorro na farmácia. Ela teve ferimentos nas mãos, braços e pernas, mas passa bem.

Fernanda, que deixou Curitiba para morar em Florianópolis há quatro meses, não conhecia a farra do boi, segundo informações do boletim de ocorrência registrado no 8º DP. A polícia ainda não instaurou inquérito. Ninguém foi preso. O boi foi levado para um frigorífico, onde será morto. Segundo a PM (Polícia Militar), no ano passado, um adolescente de 15 anos teria sido morto por farristas e outras cinco pessoas foram agredidas.

Tradição e maus-tratos

Trazida pelos açorianos que povoaram o litoral catarinense a partir do século 17, a farra do boi virou tradição nas praias de Santa Catarina, principalmente, durante a Quaresma.Na cultura dos nativos, o boi é alegoria de Judas.

O animal é solto nas ruas, perseguido e torturado até a morte. Pela crueldade cometida contra o boi, a farra virou crime ambiental, em 1997, conforme decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).Apesar da ilegalidade, a polícia não consegue evitar os eventos.

Quando presos, os farristas podem pagar até R$ 3.000 de multa. Não há casos de penas mais duras em Florianópolis, apesar da legislação prever até três anos de prisão.

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