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Postado Por : Dom Ruiz
domingo, 4 de janeiro de 2015
FICA A DICA
Ter um animal de estimação ajuda as crianças autistas a se tornarem mais sociáveis e a melhorar suas relações sociais.
Foi o que concluiu um estudo feito por Gretchen Carlisle, cientista do Centro de Pesquisa para a Interação Humana-Animal da Faculdade de Medicina Universidade de Missouri, nos EUA.
A pesquisa analisou 70 famílias com crianças ou jovens autistas com idades entre os 8 e os 18 anos.
De acordo com a pesquisadora, cerca de 70% das famílias que participaram no estudo tinham cães e perto de metade vivia com gatos. Outros tinham peixes, roedores, coelhos, répteis, pássaros e até aranhas.
"Quando comparei as relações sociais das crianças autistas que viviam com cães, com as que não tinham um amigo de quatro patas, as do primeiro grupo apresentaram um melhor desempenho", afirma Carlisle.
Segundo ela "as crianças que tinham em casa qualquer tipo de animal disseram ter mais facilidade em apresentar-se aos outros, pedir informações ou responder perguntas".
O estudo foi publicado recentemente na revista científica Journal of Autism and Developmental Disorders.
Segundo ela "as crianças que tinham em casa qualquer tipo de animal disseram ter mais facilidade em apresentar-se aos outros, pedir informações ou responder perguntas".
O estudo foi publicado recentemente na revista científica Journal of Autism and Developmental Disorders.
Os animais
Segundo Carlisle, os animais servem como "lubrificantes sociais", isto é, quando estão presentes numa sala de aula, ajudam as crianças a se comunicar mais entre si, um efeito que se estende aos autistas e que pode explicar o aumento da assertividade das que vivem com um animal.
"Quando uma criança com deficiência sai à rua acompanhada de um cão-guia, outras crianças param para falar com ela. As crianças com autismo têm dificuldades em interagir com os outros, mas se houver um animal em casa com o qual têm uma ligação e um visitante lhes fizer perguntas, têm maior probabilidade de responder", esclarece.
O estudo concluiu, também, que as competências sociais das crianças aumentavam progressivamente com o aumento do período de tempo de convivência com o animal.
Além disso, os jovens disseram ter relações mais próximas com os cães de pequeno porte.
Além disso, os jovens disseram ter relações mais próximas com os cães de pequeno porte.
"Descobrir que as crianças com autismo estabelecem uma ligação mais forte com cães menores e que os pais relatam boas relações entre as crianças e outros animais, como os gatos ou os coelhos, é uma evidência de que outro tipo de animal pode, além do cão, ser benéfico para estas crianças", realça Carlisle.
Isto significa que "os cães são bons companheiros para certas crianças autistas, mas podem não ser a melhor opção para todas elas".
"As crianças com autismo têm uma personalidade única e outros animais podem ser tão, ou mais benéficos que os cães", finaliza a pesquisadora.
"As crianças com autismo têm uma personalidade única e outros animais podem ser tão, ou mais benéficos que os cães", finaliza a pesquisadora.