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Postado Por : Dom Ruiz quarta-feira, 30 de abril de 2014


EXPOSTOS A FERIMENTOS, LESÕES E DOR

Foto: Andrew Lichtenstein - Al Jazeera America EXPOSTOS A FERIMENTOS, LESÕES E DOR  Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America Valiant, um Malamute-do-alasca (raça de cães nórdicos oriunda dos EUA), afundou as suas patas na grama úmida e avançou, determinado a puxar uma carroça empilhada com blocos de concreto pesando 450 quilos. “Depressa!”, gritou o tutor Todd Sheehan, recuando enquanto o cão arqueava as costas e estendia o seu corpo para puxar cerca de 10 vezes o seu peso.  “Vamos!” Sheehan disse. “Trabalhe! Vamos, garoto. Vamos lá, vamos lá!”.  Valiant avançou, puxando a carga por quase 5 metros em menos de 19 segundos para ganhar o primeiro lugar em um campeonato na International Weight Pull Association Fireman (IWPA) em Riverton, uma pequena vila ao longo do Farmington River no noroeste de Connecticut. Sheehan ficou um tanto frustrado por seu cão de 5 anos de idade e 46 quilos ter falhado em puxar a carga de 544 quilos.  “Ele ainda precisa trabalhar mais”, disse Sheehan, de Stafford Springs, cujos cães competem em eventos similares desde 2003.   Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America A IWPA foi fundada há três décadas e está entre uma série de organizações, incluido a United Kennel Club e a American Pulling Alliance, que promovem competições de cães puxando peso nos Estados Unidos e no Canadá. Nos eventos, os cães são classificados por peso e têm 60 segundos para puxar carroças por 5 metros, sem ajuda de seus tutores. As informações são da Al Jazeera.  Os tutores afirmam que esse esporte ajuda a construir fortes laços com seus cães, dando aos animais o exercício que lhes é “tão necessário”, particularmente a cães considerados “de serviço” como os Malamutes. Mas os ativistas de direitos animais denunciam a crueldade da prática, que expõe os cães a ferimentos, lesões e dor.  “Isso pode ser extremamente perigoso para os cães, especialmente se eles não foram condicionados ou treinados para isso”, disse Lindsay Rajt, porta-voz do PETA. “A outra preocupação é quando você tem tutores que estão mais focados em ganhar do que com a segurança de seus cães”.  Dezoito animais, 16 dos quais eram Malamutes, competiram no evento em Riverton. Os outros dois eram um Husky Siberiano e Simon, um mestiço de Bichon Frisé com Poodle, que pesa 7 quilos.  Foi a primeira vez que Simon foi colocado para competir, e ele puxou uma carroça com 31 quilos. Quando um bloco adicional de concreto de 22 quilos foi acrescentado, ele andava e latia para sua tutora de 10 anos de idade, Haley Cogley.  O padrasto de Haley, Ty Poulton, disse que a menina planeja continuar levando Simon às competições, e considera que o cão teve um desempenho “muito bom” na primeira vez, que ele não desistiu e “continuou tentando”.   O cão Simon, de 7 quilos, luta para puxar a carroça à qual foi amarrado  Ashley Paden, membro da Riverton Volunteer Fire Company, que organiza o evento, disse que “muitas pessoas não entendem. Você não pode forçar um cão a puxar peso. Você apenas engancha o seu cão e diz ‘Venha’, e se ele não quiser, ele não vai. Tudo depende da vontade do cão”.  O casal Dave e Susan Gallagher leva oito Malamutes ao evento em um micro ônibus que foi convertido em um canil móvel. Eles dizem que começaram a competir há mais de uma década pois o seu cão Takani, um Malamute de 12 anos, estava mordendo os móveis e precisava de uma ocupação.  Os animais não são postos para puxar peso apenas na grama, mas também na neve e em outros tipos de ambiente, como trilhos. Nestes, os cães chegam a puxar até toneladas.  Jane Palinkas, que também participa dessas competições, conta que viu um pit bull que estava competindo em Massachusetts há alguns anos tremendo na área, por não conseguir puxar o peso. Ela disse que o cão estava urinando e tremendo, com a aparência de “aterrorizado”.  Para preparar os cães para essa prática, o tutor e agora juiz de competições Enzo Cullotta faz com que eles arrastem correntes a partir dos quatro meses de idade. “Eles não são apenas animais”, diz ele. “Eles são máquinas. Quando eles percebem isso, fica muito mais divertido”.   Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America Rajt disse que houve casos de pessoas suspeitas de promover rinhas e que costumavam usar a prática de colocar cães para puxar peso como um disfarce, pois muitos dos métodos e equipamentos de treinamento utilizados são os mesmos. Ela questiona por que alguém iria sentir-se atraído para esse “esporte”.  “Por que não se pode valorizar o animal simplesmente pela companhia que ele oferece?”, diz ela.  Kay Riviello, co-fundadora da New York Animal Rights Alliance America, um grupo ativista de direitos animais, disse que a sua organização fez uma oposição a uma competição realizada em Buffalo há alguns anos atrás.  Riviello, que vem resgatando pit bulls há duas décadas, considera bizarro ver cães puxando centenas de quilos em frente a multidões de pessoas gritando. “Virou um circo”, acrescenta ela. “Em suma, é exploração”.  Ela citou uma lei de Nova York, segundo a qual é ilegal sobrecarregar um animal. “Como poderia ser mais óbvio que esses cães são sobrecarregados?”, pergunta Riviello. “Nós queremos que um cão tenha direitos. Estaria realmente entre seus maiores interesses puxar meia tonelada?”.   Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America
Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America
Valiant, um Malamute-do-alasca (raça de cães nórdicos oriunda dos EUA), afundou as suas patas na grama úmida e avançou, determinado a puxar uma carroça empilhada com blocos de concreto pesando 450 quilos.
“Depressa!”, gritou o tutor Todd Sheehan, recuando enquanto o cão arqueava as costas e estendia o seu corpo para puxar cerca de 10 vezes o seu peso.
“Vamos!” Sheehan disse. “Trabalhe! Vamos, garoto. Vamos lá, vamos lá!”.
Valiant avançou, puxando a carga por quase 5 metros em menos de 19 segundos para ganhar o primeiro lugar em um campeonato na International Weight Pull Association Fireman (IWPA) em Riverton, uma pequena vila ao longo do Farmington River no noroeste de Connecticut. Sheehan ficou um tanto frustrado por seu cão de 5 anos de idade e 46 quilos ter falhado em puxar a carga de 544 quilos.
“Ele ainda precisa trabalhar mais”, disse Sheehan, de Stafford Springs, cujos cães competem em eventos similares desde 2003.
Foto: Andrew Lichtenstein - Al Jazeera America EXPOSTOS A FERIMENTOS, LESÕES E DOR  Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America Valiant, um Malamute-do-alasca (raça de cães nórdicos oriunda dos EUA), afundou as suas patas na grama úmida e avançou, determinado a puxar uma carroça empilhada com blocos de concreto pesando 450 quilos. “Depressa!”, gritou o tutor Todd Sheehan, recuando enquanto o cão arqueava as costas e estendia o seu corpo para puxar cerca de 10 vezes o seu peso.  “Vamos!” Sheehan disse. “Trabalhe! Vamos, garoto. Vamos lá, vamos lá!”.  Valiant avançou, puxando a carga por quase 5 metros em menos de 19 segundos para ganhar o primeiro lugar em um campeonato na International Weight Pull Association Fireman (IWPA) em Riverton, uma pequena vila ao longo do Farmington River no noroeste de Connecticut. Sheehan ficou um tanto frustrado por seu cão de 5 anos de idade e 46 quilos ter falhado em puxar a carga de 544 quilos.  “Ele ainda precisa trabalhar mais”, disse Sheehan, de Stafford Springs, cujos cães competem em eventos similares desde 2003.   Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America A IWPA foi fundada há três décadas e está entre uma série de organizações, incluido a United Kennel Club e a American Pulling Alliance, que promovem competições de cães puxando peso nos Estados Unidos e no Canadá. Nos eventos, os cães são classificados por peso e têm 60 segundos para puxar carroças por 5 metros, sem ajuda de seus tutores. As informações são da Al Jazeera.  Os tutores afirmam que esse esporte ajuda a construir fortes laços com seus cães, dando aos animais o exercício que lhes é “tão necessário”, particularmente a cães considerados “de serviço” como os Malamutes. Mas os ativistas de direitos animais denunciam a crueldade da prática, que expõe os cães a ferimentos, lesões e dor.  “Isso pode ser extremamente perigoso para os cães, especialmente se eles não foram condicionados ou treinados para isso”, disse Lindsay Rajt, porta-voz do PETA. “A outra preocupação é quando você tem tutores que estão mais focados em ganhar do que com a segurança de seus cães”.  Dezoito animais, 16 dos quais eram Malamutes, competiram no evento em Riverton. Os outros dois eram um Husky Siberiano e Simon, um mestiço de Bichon Frisé com Poodle, que pesa 7 quilos.  Foi a primeira vez que Simon foi colocado para competir, e ele puxou uma carroça com 31 quilos. Quando um bloco adicional de concreto de 22 quilos foi acrescentado, ele andava e latia para sua tutora de 10 anos de idade, Haley Cogley.  O padrasto de Haley, Ty Poulton, disse que a menina planeja continuar levando Simon às competições, e considera que o cão teve um desempenho “muito bom” na primeira vez, que ele não desistiu e “continuou tentando”.   O cão Simon, de 7 quilos, luta para puxar a carroça à qual foi amarrado  Ashley Paden, membro da Riverton Volunteer Fire Company, que organiza o evento, disse que “muitas pessoas não entendem. Você não pode forçar um cão a puxar peso. Você apenas engancha o seu cão e diz ‘Venha’, e se ele não quiser, ele não vai. Tudo depende da vontade do cão”.  O casal Dave e Susan Gallagher leva oito Malamutes ao evento em um micro ônibus que foi convertido em um canil móvel. Eles dizem que começaram a competir há mais de uma década pois o seu cão Takani, um Malamute de 12 anos, estava mordendo os móveis e precisava de uma ocupação.  Os animais não são postos para puxar peso apenas na grama, mas também na neve e em outros tipos de ambiente, como trilhos. Nestes, os cães chegam a puxar até toneladas.  Jane Palinkas, que também participa dessas competições, conta que viu um pit bull que estava competindo em Massachusetts há alguns anos tremendo na área, por não conseguir puxar o peso. Ela disse que o cão estava urinando e tremendo, com a aparência de “aterrorizado”.  Para preparar os cães para essa prática, o tutor e agora juiz de competições Enzo Cullotta faz com que eles arrastem correntes a partir dos quatro meses de idade. “Eles não são apenas animais”, diz ele. “Eles são máquinas. Quando eles percebem isso, fica muito mais divertido”.   Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America Rajt disse que houve casos de pessoas suspeitas de promover rinhas e que costumavam usar a prática de colocar cães para puxar peso como um disfarce, pois muitos dos métodos e equipamentos de treinamento utilizados são os mesmos. Ela questiona por que alguém iria sentir-se atraído para esse “esporte”.  “Por que não se pode valorizar o animal simplesmente pela companhia que ele oferece?”, diz ela.  Kay Riviello, co-fundadora da New York Animal Rights Alliance America, um grupo ativista de direitos animais, disse que a sua organização fez uma oposição a uma competição realizada em Buffalo há alguns anos atrás.  Riviello, que vem resgatando pit bulls há duas décadas, considera bizarro ver cães puxando centenas de quilos em frente a multidões de pessoas gritando. “Virou um circo”, acrescenta ela. “Em suma, é exploração”.  Ela citou uma lei de Nova York, segundo a qual é ilegal sobrecarregar um animal. “Como poderia ser mais óbvio que esses cães são sobrecarregados?”, pergunta Riviello. “Nós queremos que um cão tenha direitos. Estaria realmente entre seus maiores interesses puxar meia tonelada?”.   Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America
Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America
A IWPA foi fundada há três décadas e está entre uma série de organizações, incluido a United Kennel Club e a American Pulling Alliance, que promovem competições de cães puxando peso nos Estados Unidos e no Canadá. Nos eventos, os cães são classificados por peso e têm 60 segundos para puxar carroças por 5 metros, sem ajuda de seus tutores. As informações são da Al Jazeera.
Os tutores afirmam que esse esporte ajuda a construir fortes laços com seus cães, dando aos animais o exercício que lhes é “tão necessário”, particularmente a cães considerados “de serviço” como os Malamutes. Mas os ativistas de direitos animais denunciam a crueldade da prática, que expõe os cães a ferimentos, lesões e dor.
“Isso pode ser extremamente perigoso para os cães, especialmente se eles não foram condicionados ou treinados para isso”, disse Lindsay Rajt, porta-voz do PETA. “A outra preocupação é quando você tem tutores que estão mais focados em ganhar do que com a segurança de seus cães”.
Dezoito animais, 16 dos quais eram Malamutes, competiram no evento em Riverton. Os outros dois eram um Husky Siberiano e Simon, um mestiço de Bichon Frisé com Poodle, que pesa 7 quilos.
Foi a primeira vez que Simon foi colocado para competir, e ele puxou uma carroça com 31 quilos. Quando um bloco adicional de concreto de 22 quilos foi acrescentado, ele andava e latia para sua tutora de 10 anos de idade, Haley Cogley.
O padrasto de Haley, Ty Poulton, disse que a menina planeja continuar levando Simon às competições, e considera que o cão teve um desempenho “muito bom” na primeira vez, que ele não desistiu e “continuou tentando”.
O cão Simon, de 7 quilos, luta para puxar a carroça à qual foi amarrado. Foto: Andrew Lichtenstein - Al Jazeera America
O cão Simon, de 7 quilos, luta para puxar a carroça à qual foi amarrado 
Ashley Paden, membro da Riverton Volunteer Fire Company, que organiza o evento, disse que “muitas pessoas não entendem. Você não pode forçar um cão a puxar peso. Você apenas engancha o seu cão e diz ‘Venha’, e se ele não quiser, ele não vai. Tudo depende da vontade do cão”.
O casal Dave e Susan Gallagher leva oito Malamutes ao evento em um micro ônibus que foi convertido em um canil móvel. Eles dizem que começaram a competir há mais de uma década pois o seu cão Takani, um Malamute de 12 anos, estava mordendo os móveis e precisava de uma ocupação.
Os animais não são postos para puxar peso apenas na grama, mas também na neve e em outros tipos de ambiente, como trilhos. Nestes, os cães chegam a puxar até toneladas.
Jane Palinkas, que também participa dessas competições, conta que viu um pit bull que estava competindo em Massachusetts há alguns anos tremendo na área, por não conseguir puxar o peso. Ela disse que o cão estava urinando e tremendo, com a aparência de “aterrorizado”.
Para preparar os cães para essa prática, o tutor e agora juiz de competições Enzo Cullotta faz com que eles arrastem correntes a partir dos quatro meses de idade. “Eles não são apenas animais”, diz ele. “Eles são máquinas. Quando eles percebem isso, fica muito mais divertido”.
Foto: Andrew Lichtenstein - Al Jazeera America EXPOSTOS A FERIMENTOS, LESÕES E DOR  Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America Valiant, um Malamute-do-alasca (raça de cães nórdicos oriunda dos EUA), afundou as suas patas na grama úmida e avançou, determinado a puxar uma carroça empilhada com blocos de concreto pesando 450 quilos. “Depressa!”, gritou o tutor Todd Sheehan, recuando enquanto o cão arqueava as costas e estendia o seu corpo para puxar cerca de 10 vezes o seu peso.  “Vamos!” Sheehan disse. “Trabalhe! Vamos, garoto. Vamos lá, vamos lá!”.  Valiant avançou, puxando a carga por quase 5 metros em menos de 19 segundos para ganhar o primeiro lugar em um campeonato na International Weight Pull Association Fireman (IWPA) em Riverton, uma pequena vila ao longo do Farmington River no noroeste de Connecticut. Sheehan ficou um tanto frustrado por seu cão de 5 anos de idade e 46 quilos ter falhado em puxar a carga de 544 quilos.  “Ele ainda precisa trabalhar mais”, disse Sheehan, de Stafford Springs, cujos cães competem em eventos similares desde 2003.   Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America A IWPA foi fundada há três décadas e está entre uma série de organizações, incluido a United Kennel Club e a American Pulling Alliance, que promovem competições de cães puxando peso nos Estados Unidos e no Canadá. Nos eventos, os cães são classificados por peso e têm 60 segundos para puxar carroças por 5 metros, sem ajuda de seus tutores. As informações são da Al Jazeera.  Os tutores afirmam que esse esporte ajuda a construir fortes laços com seus cães, dando aos animais o exercício que lhes é “tão necessário”, particularmente a cães considerados “de serviço” como os Malamutes. Mas os ativistas de direitos animais denunciam a crueldade da prática, que expõe os cães a ferimentos, lesões e dor.  “Isso pode ser extremamente perigoso para os cães, especialmente se eles não foram condicionados ou treinados para isso”, disse Lindsay Rajt, porta-voz do PETA. “A outra preocupação é quando você tem tutores que estão mais focados em ganhar do que com a segurança de seus cães”.  Dezoito animais, 16 dos quais eram Malamutes, competiram no evento em Riverton. Os outros dois eram um Husky Siberiano e Simon, um mestiço de Bichon Frisé com Poodle, que pesa 7 quilos.  Foi a primeira vez que Simon foi colocado para competir, e ele puxou uma carroça com 31 quilos. Quando um bloco adicional de concreto de 22 quilos foi acrescentado, ele andava e latia para sua tutora de 10 anos de idade, Haley Cogley.  O padrasto de Haley, Ty Poulton, disse que a menina planeja continuar levando Simon às competições, e considera que o cão teve um desempenho “muito bom” na primeira vez, que ele não desistiu e “continuou tentando”.   O cão Simon, de 7 quilos, luta para puxar a carroça à qual foi amarrado  Ashley Paden, membro da Riverton Volunteer Fire Company, que organiza o evento, disse que “muitas pessoas não entendem. Você não pode forçar um cão a puxar peso. Você apenas engancha o seu cão e diz ‘Venha’, e se ele não quiser, ele não vai. Tudo depende da vontade do cão”.  O casal Dave e Susan Gallagher leva oito Malamutes ao evento em um micro ônibus que foi convertido em um canil móvel. Eles dizem que começaram a competir há mais de uma década pois o seu cão Takani, um Malamute de 12 anos, estava mordendo os móveis e precisava de uma ocupação.  Os animais não são postos para puxar peso apenas na grama, mas também na neve e em outros tipos de ambiente, como trilhos. Nestes, os cães chegam a puxar até toneladas.  Jane Palinkas, que também participa dessas competições, conta que viu um pit bull que estava competindo em Massachusetts há alguns anos tremendo na área, por não conseguir puxar o peso. Ela disse que o cão estava urinando e tremendo, com a aparência de “aterrorizado”.  Para preparar os cães para essa prática, o tutor e agora juiz de competições Enzo Cullotta faz com que eles arrastem correntes a partir dos quatro meses de idade. “Eles não são apenas animais”, diz ele. “Eles são máquinas. Quando eles percebem isso, fica muito mais divertido”.   Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America Rajt disse que houve casos de pessoas suspeitas de promover rinhas e que costumavam usar a prática de colocar cães para puxar peso como um disfarce, pois muitos dos métodos e equipamentos de treinamento utilizados são os mesmos. Ela questiona por que alguém iria sentir-se atraído para esse “esporte”.  “Por que não se pode valorizar o animal simplesmente pela companhia que ele oferece?”, diz ela.  Kay Riviello, co-fundadora da New York Animal Rights Alliance America, um grupo ativista de direitos animais, disse que a sua organização fez uma oposição a uma competição realizada em Buffalo há alguns anos atrás.  Riviello, que vem resgatando pit bulls há duas décadas, considera bizarro ver cães puxando centenas de quilos em frente a multidões de pessoas gritando. “Virou um circo”, acrescenta ela. “Em suma, é exploração”.  Ela citou uma lei de Nova York, segundo a qual é ilegal sobrecarregar um animal. “Como poderia ser mais óbvio que esses cães são sobrecarregados?”, pergunta Riviello. “Nós queremos que um cão tenha direitos. Estaria realmente entre seus maiores interesses puxar meia tonelada?”.   Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America
Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America
Rajt disse que houve casos de pessoas suspeitas de promover rinhas e que costumavam usar a prática de colocar cães para puxar peso como um disfarce, pois muitos dos métodos e equipamentos de treinamento utilizados são os mesmos. Ela questiona por que alguém iria sentir-se atraído para esse “esporte”.
“Por que não se pode valorizar o animal simplesmente pela companhia que ele oferece?”, diz ela.
Kay Riviello, co-fundadora da New York Animal Rights Alliance America, um grupo ativista de direitos animais, disse que a sua organização fez uma oposição a uma competição realizada em Buffalo há alguns anos atrás.
Riviello, que vem resgatando pit bulls há duas décadas, considera bizarro ver cães puxando centenas de quilos em frente a multidões de pessoas gritando. “Virou um circo”, acrescenta ela. “Em suma, é exploração”.
Ela citou uma lei de Nova York, segundo a qual é ilegal sobrecarregar um animal. “Como poderia ser mais óbvio que esses cães são sobrecarregados?”, pergunta Riviello. “Nós queremos que um cão tenha direitos. Estaria realmente entre seus maiores interesses puxar meia tonelada?”.
Foto: Andrew Lichtenstein - Al Jazeera America EXPOSTOS A FERIMENTOS, LESÕES E DOR  Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America Valiant, um Malamute-do-alasca (raça de cães nórdicos oriunda dos EUA), afundou as suas patas na grama úmida e avançou, determinado a puxar uma carroça empilhada com blocos de concreto pesando 450 quilos. “Depressa!”, gritou o tutor Todd Sheehan, recuando enquanto o cão arqueava as costas e estendia o seu corpo para puxar cerca de 10 vezes o seu peso.  “Vamos!” Sheehan disse. “Trabalhe! Vamos, garoto. Vamos lá, vamos lá!”.  Valiant avançou, puxando a carga por quase 5 metros em menos de 19 segundos para ganhar o primeiro lugar em um campeonato na International Weight Pull Association Fireman (IWPA) em Riverton, uma pequena vila ao longo do Farmington River no noroeste de Connecticut. Sheehan ficou um tanto frustrado por seu cão de 5 anos de idade e 46 quilos ter falhado em puxar a carga de 544 quilos.  “Ele ainda precisa trabalhar mais”, disse Sheehan, de Stafford Springs, cujos cães competem em eventos similares desde 2003.   Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America A IWPA foi fundada há três décadas e está entre uma série de organizações, incluido a United Kennel Club e a American Pulling Alliance, que promovem competições de cães puxando peso nos Estados Unidos e no Canadá. Nos eventos, os cães são classificados por peso e têm 60 segundos para puxar carroças por 5 metros, sem ajuda de seus tutores. As informações são da Al Jazeera.  Os tutores afirmam que esse esporte ajuda a construir fortes laços com seus cães, dando aos animais o exercício que lhes é “tão necessário”, particularmente a cães considerados “de serviço” como os Malamutes. Mas os ativistas de direitos animais denunciam a crueldade da prática, que expõe os cães a ferimentos, lesões e dor.  “Isso pode ser extremamente perigoso para os cães, especialmente se eles não foram condicionados ou treinados para isso”, disse Lindsay Rajt, porta-voz do PETA. “A outra preocupação é quando você tem tutores que estão mais focados em ganhar do que com a segurança de seus cães”.  Dezoito animais, 16 dos quais eram Malamutes, competiram no evento em Riverton. Os outros dois eram um Husky Siberiano e Simon, um mestiço de Bichon Frisé com Poodle, que pesa 7 quilos.  Foi a primeira vez que Simon foi colocado para competir, e ele puxou uma carroça com 31 quilos. Quando um bloco adicional de concreto de 22 quilos foi acrescentado, ele andava e latia para sua tutora de 10 anos de idade, Haley Cogley.  O padrasto de Haley, Ty Poulton, disse que a menina planeja continuar levando Simon às competições, e considera que o cão teve um desempenho “muito bom” na primeira vez, que ele não desistiu e “continuou tentando”.   O cão Simon, de 7 quilos, luta para puxar a carroça à qual foi amarrado  Ashley Paden, membro da Riverton Volunteer Fire Company, que organiza o evento, disse que “muitas pessoas não entendem. Você não pode forçar um cão a puxar peso. Você apenas engancha o seu cão e diz ‘Venha’, e se ele não quiser, ele não vai. Tudo depende da vontade do cão”.  O casal Dave e Susan Gallagher leva oito Malamutes ao evento em um micro ônibus que foi convertido em um canil móvel. Eles dizem que começaram a competir há mais de uma década pois o seu cão Takani, um Malamute de 12 anos, estava mordendo os móveis e precisava de uma ocupação.  Os animais não são postos para puxar peso apenas na grama, mas também na neve e em outros tipos de ambiente, como trilhos. Nestes, os cães chegam a puxar até toneladas.  Jane Palinkas, que também participa dessas competições, conta que viu um pit bull que estava competindo em Massachusetts há alguns anos tremendo na área, por não conseguir puxar o peso. Ela disse que o cão estava urinando e tremendo, com a aparência de “aterrorizado”.  Para preparar os cães para essa prática, o tutor e agora juiz de competições Enzo Cullotta faz com que eles arrastem correntes a partir dos quatro meses de idade. “Eles não são apenas animais”, diz ele. “Eles são máquinas. Quando eles percebem isso, fica muito mais divertido”.   Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America Rajt disse que houve casos de pessoas suspeitas de promover rinhas e que costumavam usar a prática de colocar cães para puxar peso como um disfarce, pois muitos dos métodos e equipamentos de treinamento utilizados são os mesmos. Ela questiona por que alguém iria sentir-se atraído para esse “esporte”.  “Por que não se pode valorizar o animal simplesmente pela companhia que ele oferece?”, diz ela.  Kay Riviello, co-fundadora da New York Animal Rights Alliance America, um grupo ativista de direitos animais, disse que a sua organização fez uma oposição a uma competição realizada em Buffalo há alguns anos atrás.  Riviello, que vem resgatando pit bulls há duas décadas, considera bizarro ver cães puxando centenas de quilos em frente a multidões de pessoas gritando. “Virou um circo”, acrescenta ela. “Em suma, é exploração”.  Ela citou uma lei de Nova York, segundo a qual é ilegal sobrecarregar um animal. “Como poderia ser mais óbvio que esses cães são sobrecarregados?”, pergunta Riviello. “Nós queremos que um cão tenha direitos. Estaria realmente entre seus maiores interesses puxar meia tonelada?”.   Foto: Andrew Lichtenstein – Al Jazeera America
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