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- Filhote de onça-pintada Juma ambienta-se na Associação Mata Ciliar
Postado Por : Dom Ruiz
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Resgatada pela Polícia Ambiental, em parceria com a Polícia Militar, em 04/04, no município de Caroebe, no interior do Estado de Roraima, a filhote de onça-pintada "Juma", foi transferida para o Estado de São Paulo no início do mês de junho e ambienta-se na Associação Mata Ciliar, um santuário ecológico sediado em Jundiaí.
Um mês após a chegada na nova estadia, o filhote de onça passa pelo período de desmame e começa a alimentar-se de carne. Conforme nota divulgada pela entidade, "Juma tem agora aproximadamente quatro meses e ambientou-se rapidamente em seu novo recinto. Se alimenta bem, apresenta excelente saúde e está crescendo muito rápido!".
A jornada de Juma - A chegada da oncinha ao santuário ecológico aconteceu graças ao empenho de ativistas ligadas a proteção de animais atuantes em redes sociais da web. "A transferência de Juma contou com a ajuda e parceria das administradoras da página "Leão Simba Também Precisa de Você", que trabalharam na campanha para arrecadar fundos para pagar a transferência via áerea do animal. Este é o mesmo grupo de pessoas que trabalhou na campanha para trazer o Leão Juba no ano passado. Uma parceria de sucesso em prol da conservação de espécies", explica a Associação Mata Ciliar na nota divulgada pelo departamento de comunicação da entidade.
Após o resgate, ocorrido no mês de abril, Juma foi levada ao CETAS/Roraima, área do IBAMA responsável por destinar o animal para alguma instituição e sua transferência foi autorizada. A Associação Mata Ciliar, em parceria com os Cetas de várias regiões do Brasil, se dispôs a receber Juma, já que possuía um recinto disponível, feito especificamente para onças-pintadas.
Mais um animal em risco de extinção impossibilitado de retornar à natureza - A Associação Mata Ciliar, embora tenha condições de oferecer uma vida digna à Juma em cativeiro, lamenta não poder fazer a soltura da filhote na natureza, uma vez que ela não foi adaptada para a sobrevivência em vida livre.
"O caso de Juma é mais um em que um animal silvestre não poderá retornar à natureza, já que não teve a oportunidade de aprender a sobreviver nos preciosos anos de convívio que deveria ter passado com sua mãe. A provável causa dessa situação é a implacável forma com que seu habitat tem sido devastado em todas as áreas naturais do país", lamentam os ativistas da entidade.