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Postado Por : Dom Ruiz domingo, 26 de julho de 2015

CIÊNCIA LIBERTÁRIA

No início do ano passado, os bioengenheiros Perumal Gandhi e Ryan Pandya, da Califórnia, fundaram uma empresa de laticínios sintéticos chamada Muufri, segundo informações do site Science Alert. Eles estão trabalhando para aperfeiçoar um leite de vaca artificial, feito de uma variedade especial de levedura que foi geneticamente engenhada para produzir proteínas de leite.  Apelidado de “úbere fora do corpo”, esse sistema é feito para produzir leite que mantém exatamente o mesmo sabor do leite de vaca, o que o difere dos leites de soja, arroz e amêndoas. Ainda que os produtos de leite vegetal tenham um gosto muito bom, sua popularidade ainda é baixa entre os consumidores de laticínios. O Muufri tem o potencial de mudar esse quadro.  Perumal Gandhi afirma que o objetivo é fazer com que o mundo altere sua dieta, eliminando produtos cruéis e  não-sustentáveis. “Se o nosso leite produzido sem vacas for idêntico, e se o seu valor for adequado, pode ser que as pessoas comecem a consumí-lo.”  Os dois bioengenheiros são veganos e contam que foram inspirados a inventar o Muufri para reduzir a exploração de vacas, que vivem em celeiros lotados e são forçadas a consumir um coquetel de hormônios de crescimento e antibióticos. Os animais também estão sujeitos a crueldades como a remoção de seus chifres. Além disso, 3% das emissões anuais de gás de efeito estufa provém da indústria de laticínios, de acordo com a agência FAO, das Nações Unidas.  Felizmente, a sintetização do leite de vaca é um processo relativamente simples. Ele é composto por 20 componentes e cerca de 87% da composição é água. O leite Muufri conterá seis proteínas, para ajudar a formar sua estrutura, além de oito ácidos graxos diferentes, para obter o sabor.  O leite é feito com o mesmo processo que a indústria farmacêutica emprega para produzir insulina. O DNA é extraído das vacas leiteiras, e algumas sequências são introduzidas em células de levedura. A cultura de fungos é então feita em escala industrial, na temperatura e concentração específicos, e dentro de alguns dias, a levedura terá produzido leite o bastante para coleta.  As proteínas do leite Muufri vêm da levedura, as gorduras são de origem vegetal e são alteradas em escala molecular para espelhar a estrutura e o sabor das gorduras do leite. Minerais como cálcio e potássio, além de açúcares, são comprados em separado e adicionados à mistura. Isso quer dizer que os valores nutricionais do Muufri podem ser alterados pelos bioengenheiros, então o leite sintético pode vir a ser melhor para a saúde em comparação ao leite de vaca.  Inicialmente, o Muufri será mais caro que o leite regular, mas a dupla de engenheiros espera poder baratear o produto assim que a produção aumentar. Por outro lado, o leite sintético durará muito mais tempo do que o leite convencional, já que sua fórmula não contém bactérias.  Os engenheiros esperam que o produto chegue ao mercado ainda este ano.
Foto: Muufri
No início do ano passado, os bioengenheiros Perumal Gandhi e Ryan Pandya, da Califórnia, fundaram uma empresa de laticínios sintéticos chamada Muufri, segundo informações do site Science Alert. Eles estão trabalhando para aperfeiçoar um leite de vaca artificial, feito de uma variedade especial de levedura que foi geneticamente engenhada para produzir proteínas de leite.
Apelidado de “úbere fora do corpo”, esse sistema é feito para produzir leite que mantém exatamente o mesmo sabor do leite de vaca, o que o difere dos leites de soja, arroz e amêndoas. Ainda que os produtos de leite vegetal tenham um gosto muito bom, sua popularidade ainda é baixa entre os consumidores de laticínios. O Muufri tem o potencial de mudar esse quadro.
Perumal Gandhi afirma que o objetivo é fazer com que o mundo altere sua dieta, eliminando produtos cruéis e  não-sustentáveis. “Se o nosso leite produzido sem vacas for idêntico, e se o seu valor for adequado, pode ser que as pessoas comecem a consumí-lo.”
Os dois bioengenheiros são veganos e contam que foram inspirados a inventar o Muufri para reduzir a exploração de vacas, que vivem em celeiros lotados e são forçadas a consumir um coquetel de hormônios de crescimento e antibióticos. Os animais também estão sujeitos a crueldades como a remoção de seus chifres. Além disso, 3% das emissões anuais de gás de efeito estufa provém da indústria de laticínios, de acordo com a agência FAO, das Nações Unidas.
Felizmente, a sintetização do leite de vaca é um processo relativamente simples. Ele é composto por 20 componentes e cerca de 87% da composição é água. O leite Muufri conterá seis proteínas, para ajudar a formar sua estrutura, além de oito ácidos graxos diferentes, para obter o sabor.
O leite é feito com o mesmo processo que a indústria farmacêutica emprega para produzir insulina. O DNA é extraído das vacas leiteiras, e algumas sequências são introduzidas em células de levedura. A cultura de fungos é então feita em escala industrial, na temperatura e concentração específicos, e dentro de alguns dias, a levedura terá produzido leite o bastante para coleta.
As proteínas do leite Muufri vêm da levedura, as gorduras são de origem vegetal e são alteradas em escala molecular para espelhar a estrutura e o sabor das gorduras do leite. Minerais como cálcio e potássio, além de açúcares, são comprados em separado e adicionados à mistura. Isso quer dizer que os valores nutricionais do Muufri podem ser alterados pelos bioengenheiros, então o leite sintético pode vir a ser melhor para a saúde em comparação ao leite de vaca.
Inicialmente, o Muufri será mais caro que o leite regular, mas a dupla de engenheiros espera poder baratear o produto assim que a produção aumentar. Por outro lado, o leite sintético durará muito mais tempo do que o leite convencional, já que sua fórmula não contém bactérias.
Os engenheiros esperam que o produto chegue ao mercado ainda este ano.

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