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Postado Por : Dom Ruiz quinta-feira, 20 de março de 2014


AUMENTO NO NÚMERO DE ANIMAIS IDOSOS

Você já deve ter conhecido algum cão que tenha mais de 14 anos de vida. Hoje, eles não são mais tão raros. A longevidade canina está ligada a cuidados diversos por parte dos tutores, sobretudo acompanhamento veterinário. Alimentação criteriosa também desempenha um papel de destaque — não à toa, a indústria de alimentos animais investe fortemente em pesquisa.  Um desses estudos, realizado em países europeus, constatou que os cachorros estão cada vez mais idosos — ao passo que a natalidade está em franco declínio. A metodologia foi replicada no Brasil, onde foram ouvidos 4 mil tutores de cães, e as conclusões foram semelhantes. Um dos dados já era bem conhecido: o porte menor favorece a longevidade. A diferença é que eles sobrepuseram porte à variável raça, gerando um panorama mais preciso.  O levantamento ainda descreve duas fases do envelhecimento canino. A primeira diz respeito à primeira metade da expectativa de vida do animal. A segunda aborda o último terço da vida. Na primeira etapa, o envelhecimento é a nível celular. A produção de radicais livres é combatida pela ação dos antioxidantes, como as vitaminas A, C e E, que são produzidas pelo organismo. Alguns sinais são: branqueamento dos pelos, possível ganho de peso e sensibilidade dentária (por formação de tártaros).  Na segunda fase do envelhecimento, as características mais evidentes são: redução do vigor, diminuição do olfato e do paladar, mudança de comportamento, doenças cardíacas e renais, esclerose do cristalino do olho e maior susceptibilidade a doenças infecciosas em razão do declínio do sistema imunológico. “O envelhecimento não é doença e, sim, uma evolução física que deixa o animal vulnerável. É um processo progressivo, silencioso e acontece externa e internamente”, define Cíntia Fuscaldi, veterinária da equipe da Royal Canin.  Nina é um exemplo que cuidados aumentam a expectativa de vida. A poodle de 16 anos e meio sempre foi forte e saudável. A “mãe” de Nina, como se autodenomina Elaine Andrade, confirma: “Ela é muito forte, passou por muita coisa, mas ainda corre e mantém as atividades normais”. No ano passado, porém, a cadelinha deu um susto na tutora, que havia viajado por 15 dias. “Quando voltei, minha filha estava mal. Levei ao veterinário e ele disse que não conseguiria resolver a situação dela.”  Inconsolável, Elaine procurou outras opiniões e, finalmente, encontrou um profissional que identificou e tratou os problemas da poodle: edema pulmonar, disfunção da válvula mitral, sopro no coração, além de estreitamento de traqueia. Foram meses de tratamento, mas Nina está aí — firme e forte —, só que, agora, toma medicação três vezes ao dia.  Fator de envelhecimento  Os radicais livres são produzidos pelas células durante a respiração para converter os nutrientes dos alimentos absorvidos em energia. Eles podem danificar células sadias do corpo. O organismo, porém, possui enzimas protetoras capazes de reparar 99% dos danos causados pela oxidação. Notórias fontes de radicais livres são: poluição ambiental, resíduos de pesticidas, conservantes, hormônios e gordura saturada.  Você sabia?  Alguns nutrientes que contribuem para o envelhecimento saudável de seres humanos têm se mostrado eficientes em cães. Os polifenóis do chá verde e da uva, o licopeno (rico em tomates) e a combinação das vitaminas C e E com luteína (presente na cenoura, na laranja e no milho) e taurina são ótimos exemplos. “Esses são nutrientes que se comportam de maneira muito similar nos organismos humanos e caninos”, afirma a veterinária Cíntia Fuscaldi.  Check-up geriátrico veterinário  Ele ainda é pouco usual, embora importante. São feitos os seguintes exames: odontológico, oftálmico, auricular, inspeção da pele, auscultação cardíaca e pulmonar, hemograma e análise da urina. As vacinas também são reforçadas. O ideal é realizar essa avaliação assim que o animal apresentar os primeiros sinais de envelhecimento e repeti-la periodicamente.  Fonte: Diário de Pernambuco
Você já deve ter conhecido algum cão que tenha mais de 14 anos de vida. Hoje, eles não são mais tão raros. A longevidade canina está ligada a cuidados diversos por parte dos tutores, sobretudo acompanhamento veterinário. Alimentação criteriosa também desempenha um papel de destaque — não à toa, a indústria de alimentos animais investe fortemente em pesquisa.
Um desses estudos, realizado em países europeus, constatou que os cachorros estão cada vez mais idosos — ao passo que a natalidade está em franco declínio. A metodologia foi replicada no Brasil, onde foram ouvidos 4 mil tutores de cães, e as conclusões foram semelhantes. Um dos dados já era bem conhecido: o porte menor favorece a longevidade. A diferença é que eles sobrepuseram porte à variável raça, gerando um panorama mais preciso.
O levantamento ainda descreve duas fases do envelhecimento canino. A primeira diz respeito à primeira metade da expectativa de vida do animal. A segunda aborda o último terço da vida. Na primeira etapa, o envelhecimento é a nível celular. A produção de radicais livres é combatida pela ação dos antioxidantes, como as vitaminas A, C e E, que são produzidas pelo organismo. Alguns sinais são: branqueamento dos pelos, possível ganho de peso e sensibilidade dentária (por formação de tártaros).
Na segunda fase do envelhecimento, as características mais evidentes são: redução do vigor, diminuição do olfato e do paladar, mudança de comportamento, doenças cardíacas e renais, esclerose do cristalino do olho e maior susceptibilidade a doenças infecciosas em razão do declínio do sistema imunológico. “O envelhecimento não é doença e, sim, uma evolução física que deixa o animal vulnerável. É um processo progressivo, silencioso e acontece externa e internamente”, define Cíntia Fuscaldi, veterinária da equipe da Royal Canin.
Nina é um exemplo que cuidados aumentam a expectativa de vida. A poodle de 16 anos e meio sempre foi forte e saudável. A “mãe” de Nina, como se autodenomina Elaine Andrade, confirma: “Ela é muito forte, passou por muita coisa, mas ainda corre e mantém as atividades normais”. No ano passado, porém, a cadelinha deu um susto na tutora, que havia viajado por 15 dias. “Quando voltei, minha filha estava mal. Levei ao veterinário e ele disse que não conseguiria resolver a situação dela.”
Inconsolável, Elaine procurou outras opiniões e, finalmente, encontrou um profissional que identificou e tratou os problemas da poodle: edema pulmonar, disfunção da válvula mitral, sopro no coração, além de estreitamento de traqueia. Foram meses de tratamento, mas Nina está aí — firme e forte —, só que, agora, toma medicação três vezes ao dia.
Fator de envelhecimento
Os radicais livres são produzidos pelas células durante a respiração para converter os nutrientes dos alimentos absorvidos em energia. Eles podem danificar células sadias do corpo. O organismo, porém, possui enzimas protetoras capazes de reparar 99% dos danos causados pela oxidação. Notórias fontes de radicais livres são: poluição ambiental, resíduos de pesticidas, conservantes, hormônios e gordura saturada.
Você sabia?
Alguns nutrientes que contribuem para o envelhecimento saudável de seres humanos têm se mostrado eficientes em cães. Os polifenóis do chá verde e da uva, o licopeno (rico em tomates) e a combinação das vitaminas C e E com luteína (presente na cenoura, na laranja e no milho) e taurina são ótimos exemplos. “Esses são nutrientes que se comportam de maneira muito similar nos organismos humanos e caninos”, afirma a veterinária Cíntia Fuscaldi.
Check-up geriátrico veterinário
Ele ainda é pouco usual, embora importante. São feitos os seguintes exames: odontológico, oftálmico, auricular, inspeção da pele, auscultação cardíaca e pulmonar, hemograma e análise da urina. As vacinas também são reforçadas. O ideal é realizar essa avaliação assim que o animal apresentar os primeiros sinais de envelhecimento e repeti-la periodicamente.

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